Atualmente podemos afirmar que 5 a 15% da população mundial é portadora de doença periodontal avançada e generalizada. O tratamento periodontal é baseado na redução e na eliminação de microorganismos patógenos com consequente restabelecimento de um ambiente propício à microbiota benéfica presente nas condições de saúde bucal. Para alcançar tal objetivo, devemos iniciar tratamento periodontal não cirúrgico, onde abrange-se a raspagem e aplainamento radicular juntamente a uma adequeda orientação de higiene oral. Inúmeros estudos apresentam resultados positivos quanto à melhora no quadro clínico com este protocolo, porém um prognóstico desfavorável pode surgir devido à recontaminação bacteriana nas áreas tratadas devido à migração dos patógenos vindos de sítios ainda contaminados. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi, através de uma revisão de literatura, discutir e avaliar os princípios da terapia Full-mouth, onde é proposta a desinfecção de toda a cavidade bucal num período inferior a 24h com a associação ou não de agentes antimicrobianos, para diminuir a chance de recidiva no tratamento provinda de tal translocação bacteriana. Podendo-se concluir que, apesar da presença de patógenos parecer minimizada com o procedimento Full-mouth em relação aos procedimentos convencionais, os resultados clínicos e microbiológicos finais apresentam-se similares entre as técnicas, definindo-se que ambas são efetivas e que cabe à conveniência do profissional e do paciente a escolha entre elas.
Palavras-chave: Full-mouth. Doença periodontal. Antimicrobianos.
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