O Agregado Trióxido Mineral (MTA) foi descrito pela primeira vez no ano de 1993 pelo Dr. Mahmoud Torabinejad e introduzido na odontologia como um cimento usado em reparo de perfurações radiculares. É considerado material biocerâmico de primeira geração. Biocerâmicos são biomateriais utilizados em contato direto com tecidos vivos. O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura sobre o MTA e os novos materiais biocerâmicos reparadores utilizados na endodontia. O MTA é considerado um material consagrado na endodontia por apresentar biocompatibilidade, ser bioativo, apresentar pH alcalino, ser antibacteriano, hidrofílico, ter alta capacidade de vedação marginal e ser osteocondutor, além de permitir formação de cemento e ligamento periodontal. Possui ampla aplicação clínica em situações de contato direto com o periodonto, tais como plug apical em apicificação, material retro-obturador em cirurgias paredodônticas, material de vedação de perfurações radiculares, além de poder ser utilizado também em contato com a polpa dental em capeamentos pulpares. Apresenta algumas desvantagens como difícil manipulação e aplicação clínica, longo tempo de presa e comprometimento estético por manchamento da coroa. Na busca de superar essas desvantagens do MTA novos cimentos biocerâmicos surgiram. Os cimentos biocerâmicos de segunda geração superaram as desvantagens apresentadas pelo MTA e hoje podem ser considerados como materiais de primeira escolha em situações de reparo, além de possuir uma formulação fluída (sealer), indicado como cimento em obturações endodônticas. Ver menos