O tratamento endodôntico é constituído por uma sequência de fases que devem ser respeitadas e conduzidas com o mesmo grau de importância para o sucesso da terapia endodôntica. A fase do preparo químico-mecânico do canal radicular, deve ter uma atenção especial, pois é a fase de suma importância no tratamento, onde pode ocorrer extrusão de restos pulpares, tecido necrosado, raspas de dentina e substâncias químicas auxiliares através do forame apical, provocando uma reação inflamatória ou Flare-up. Para se obter um pós-operatório com êxito, realizou-se uma revisão e discussão da literatura acerca da extrusão apical de "debris" pós instrumentação, comparando os diversos sistemas mecanizados, sejam rotatórios ou reciprocantes. Para tal, realizou-se um levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed, Scielo, Medline e Bireme, compreendendo o período de 2002 a 2017. Concluiu-se que a extrusão de detritos pelo forame apical ocorre independentemente da técnica de instrumentação utilizada. Os sistemas rotatórios são os que promoveram menor quantidade de material extruído, enquanto que a técnica manual foi a que extruiu maior quantidade de "debris" quando comparada com qualquer outro sistema mecanizado, seja rotatório ou reciprocante. É recomendado que novas pesquisas sejam feitas para investigar os novos instrumentos de rotação contínua e reciprocante, a fim de tornar a prática endodôntica mais eficaz e confiável, no que diz respeito a extrusão apical de "debris".
Palavras-chave: Extrusão apical. Debris. Irrigantes. Sistemas reciprocante. Sistema de lima única. Ver menos