O objetivo deste estudo foi comparar, através do método dos elementos finitos tridimensionais, tensões geradas no osso suporte dos implantes e mini parafusos protéticos de duas alternativas reabilitadoras para maxila moderadamente atrófica. Dois modelos virtuais em 3D foram gerados a partir do escaneamento de modelo de maxila edêntula e da obtenção de desenhos virtuais de implantes, pilares protéticos e prótese metalo-cerâmica por engenharia reversa: prótese fixa de arco completo sem cantiléver sobre 6 implantes, sendo dois curtos de cada lado (modelo 1) e prótese fixa de arco completo com cantiléver sobre 4 implantes, sendo os distais inclinados (modelo 2). Foram incididas cargas axial e oblíqua (45º) de 100N na superfície oclusal do dente 16 dos modelos 1 e 2. O modelo 1 sob carga axial foi chamado de Ax1. O modelo 2 sob carga axial, de Ax2. O modelo 1 sob carga oblíqua, de Ob1. E o modelo 2 sob carga oblíqua, de Ob2. As tensões máximas de tração para o osso suporte foram: 48,752 Mpa (Ob1); 35,365 Mpa (Ob2); 20,368 Mpa (Ax2); 8,5247 Mpa (Ax1). As tensões mínimas de compressão para o osso suporte foram: -82,669 Mpa (Ob2); -59,218 Mpa (Ax2); -53,515 Mpa (Ob1); -15,439 Mpa (Ax1). Para cada situação, as tensões máximas de von Mises encontradas foram: 187,31 Mpa (mini parafuso 1 da Ob1); 65,254 Mpa (mini parafuso 2 da Ob2); 56,079 Mpa (mini parafuso 2 da Ax2); 31,163 Mpa (mini parafuso 1 da Ax1). Do ponto de vista do osso perimplantar, usar o modelo Ob2 e Ax2 apresentou comportamento inferior ao modelo Ob1 e Ax1. Do ponto de vista dos mini parafusos, a tensão se concentra mais no modelo Ob1. Conclui-se que é vantajosa a escolha por implantes curtos e, assim, eliminar o cantilever da prótese no intuito de diminuir tensões transferidas ao osso perimplantar.
Palavras-chave: Odontologia. Análise de elementos finitos. Implantes dentários. Ver menos