Em casos de distalização de molares inferiores com o uso de mini-implante em espaços inter-radiculares, um dos maiores problemas encontrados pelo cirurgião-dentista é o toque do dispositivo com os dentes adjacentes, sendo necessário seu reposicionamento. O objetivo deste estudo foi avaliar a espessura da cortical óssea vestibular mandibular nos diferentes padrões faciais e avaliar qual área seria possível inserir de forma segura os mini-implantes na região vestibular dos dentes posteriores inferiores, em alternativa aos espaços inter-radiculares. Trinta tomografias computadorizadas foram igualmente dividas em três grupos: mesofacial, braquifacial e dólicofacial. Foram medidas a espessura da cortical óssea nas regiões vestibulares das raízes dos dentes segundos pré-molares, primeiros molares e segundos molares em ambos os lados do paciente em três alturas distintas (3 mm, 5 mm e 7 mm a partir da crista óssea). Os resultados mostraram que houve diferença estatisticamente significante na espessura da cortical óssea vestibular apenas no grupo braquifacial, que apresentou maior espessura e seria possível inserir mini-implantes paralelamente a raiz dos dentes apenas nos segundos molares inferiores. Portanto, concluímos que a região vestibular das raízes dos segundos molares pode ser uma alternativa para inserir mini-implantes em casos de distalização de molares e os pacientes braquifaciais apresentaram maior espessura da cortical em relação aos mesofaciais e dólicofaciais.
Palavras-chave: Ortodontia. Tomografia computadorizada de feixe cônico. Osso cortical. Ver menos