O presente estudo clínico, randomizado, histomorfométrico, em humanos, teve como objetivo avaliar a quantidade de tecido mineralizado e não mineralizado após reconstrução óssea aposicional com enxerto homólogo fresco congelado, associado ou não ao concentrado do aspirado de medula óssea autóloga. Foram selecionados dez pacientes com deficiência alveolar em região anterior de maxila, que apresentavam ausência dos incisivos e espessura óssea remanescente variando de 2 a 4 mm. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos de cinco pacientes: Grupo Controle (GC) enxerto com bloco ósseo homólogo (n=05); Grupo Teste (GT) enxerto com bloco ósseo homólogo impregnado com concentrado do aspirado da medula óssea (n=05). O aspirado da medula óssea foi manipulado para concentração celular por meio do sistema BMAC (Bone Marrow Procedure Pack; Harvest Technologies, Plymouth, MA, USA). Decorridos seis meses do primeiro procedimento cirúrgico, realizou-se a reabertura dos sítios cirúrgicos e uma perfuração com trefina de 2,0 mm foi realizada para a obtenção das biópsias, sendo posteriormente ampliada para a instalação de implantes. As amostras dos fragmentos foram preparadas para uma avaliação histológica e, posteriormente, para análise histomorfométrica para a mensuração da quantidade de tecido mineralizado (TM) e tecido não mineralizado (TNM). Com relação ao TM, os grupos GC e GT apresentaram 37,77+15,19% e 43,85+10,94%, respectivamente. Para TNM, os resultados foram de 62,15+14,90% e 56,30+10,72%, respectivamente, não sendo observada diferença estatisticamente significativa tanto para TM como para TNM (p>0,05). A análise intragrupos para a proporção entre TM e TNM foi estatisticamente significativa para o GC (p<0,05), porém não para o GT (p>0,05). Frente a estes resultados pode-se concluir que o uso do concentrado do aspirado de medula óssea resultou em melhor padrão ósseo. Ver menos