Este trabalho teve o objetivo de determinar as características dos caninos não erupcionados e suas relações com estruturas adjacentes, por meio de imagens de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. Foram avaliadas 4870 imagens tomográficas, das quais 250 evidenciavam a presença de algum canino retido, totalizando 300 caninos não irrompidos para avaliação, oriundos do banco de imagens de uma clínica radiológica privada de Goiânia, Goiás, referentes ao período dos anos de 2012 à 2015. As imagens foram selecionadas e armazenadas no banco de dados da clínica, já citada acima, e visualizadas pela própria pesquisadora em ambiente escuro, próprio para interpretação, a qual manipulou e realizou os laudos, seguindo o mesmo protocolo de planos e ajustes, em todos os exames, sendo estes a linha sagital mediana paralela ao plano horizontal em exames da maxila, tendo como referência a espinha nasal anterior e a espinha nasal posterior paralelas ao plano horizontal; em exames da mandíbula, a referência usada foi a base da mandíbula paralela ao plano do solo. Os parâmetros avaliados foram: distribuição por gênero; faixa etária; ocorrência unilateral ou bilateral; posição de retenção; localização em relação às corticais ósseas; relação com raízes dos dentes adjacentes. Diante dos resultados, observou-se uma prevalência de impacção de 5,13% do total de exames avaliados, 79,6% unilateral; 92,4% na maxila; 64,0% do gênero femino; 62,5% em paciente com idade menor que 25 anos; 77,3% com inclinação mesio angular; 55,7% situados por palatino e 64,7% sem apresentar reabsorção radicular. A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico fornece dados fundamentais para a conduta clínica e/ou cirúrgica de canino não irrompidos, sendo este um método seguro e rico em detalhes, contribuindo para uma melhor conduta no tratamento e prognóstico dos casos clínicos. Ver menos