O propósito deste trabalho foi comparar a idade cronológica e a idade dental e observar a confiabilidade dos métodos associados de idade óssea e mineralização dentária na determinação da idade biológica, assim como verificar as diferenças entre os sexos. Foram utilizados 98 prontuários do arquivo do Serviço de Radiologia da Faculdade São Leopoldo Mandic, composto por radiografias panorâmicas, telerradiografias laterais e carpais realizadas no mesmo dia, realizadas no período de 2011 a 2014 em pacientes na faixa etária de 10 a 16 anos A metodologia empregada para avaliação da idade dentária na radiografia panorâmica, foi de acordo com os oito estágios de desenvolvimento propostos por Nicodemo et al. (1974). Após analisados os estágios de mineralização, todos os dados obtidos foram transferidos para o software (disponível no site: http://www.ict.unesp.br/#!/departamentos-de-ensino/diagnostico-e-cirurgia/disc-radiologia/) que forneceu uma idade dentária para ser comparada com a idade cronológica; o estágio do segundo molar inferior esquerdo também foi lançado no gráfico mostrando a posição do paciente na curva do Surto do Crescimento Puberal. Para análise das vértebras cervicais utilizou-se do método descrito por Hassel e Farman (1995), modificado a partir de Lamparsk (1972), no qual as vértebras C2, C3 e C4 são avaliadas observando-se as mudanças morfológicas. Nas radiografias carpais foi usado o método proposto por Fishmam (1982), que contém onze indicadores específicos. Foi realizado primeiramente o teste de Shapiro-Wilk para os dados lineares, idade cronológica e idade dental. A distribuição dos estágios do segundo molar, vértebras e mão e punho em função dos sexos foi feita pelo teste do Qui-quadrado. Não houve diferença significante entre indivíduos do sexo feminino e masculino considerando a idade cronológica e a idade dental obtida com o método de Nicodemo (p>0,05). Quando os meninos e meninas foram agrupados houve uma correlação positiva moderada ou forte, apontando que todos os métodos são satisfatórios na determinação da idade biológica. Uma fórmula foi elaborada a partir de uma análise de regressão linear, sendo que esta foi estatisticamente melhor para estimar a idade biológica que ao acaso (p<0,0001), com uma chance de acerto de 71,4%. Concluiu-se que a idade cronológica tende a ser maior do que a idade estimada, independentemente do sexo e a associação dos métodos foi mais confiável para predizer a idade biológia, sendo que a segmentação por sexo não afetou os resultados.
Palavras-chave: Vértebras cervicais. Calcificação de dente. Ossos do carpo. Ver menos