O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência do emprego da agitação ultrassônica na adesão dos biomateriais, MTA-Angelus Branco (MTA), MTA Repair HP (MTA-HP) e Biodentine (BIO) à dentina radicular por meio de ensaio de resistência de união por extrusão (push-out). Oitenta e quatro dentes anteriores superiores tiveram seus terços cervicais preparados com Largo #5 para então serem seccionados transversalmente 5,0 mm abaixo da junção cemento-esmalte. Em seguida, esponjas de colágeno foram inseridas nos condutos e adaptadas apicalmente até obstruírem 2,0 mm dos segmentos radiculares. Os espécimes foram randomicamente divididos em 03 grupos e 02 subgrupos (n=14): G1- MTA, G2- MTA-HP, G3- BIO, com e sem agitação ultrassônica. Tampões cervicais foram então confeccionados com os materiais/tratamento e os acessos restaurados; em seguida os espécimes tiveram suas porções apicais imersas em PBS por 14 dias. Transcorrido o período de armazenamento, discos de dentina de 1,0 mm de espessura foram removidos da parte central dos tampões para realização do push-out. Os maiores valores de resistência (MPa) foram oferecidos pelo BIO com agitação e os menores pelo MTA-HP sem agitação; diferenças significantes foram observadas em várias comparações, todavia, independente do material, a agitação ultrassônica elevou significativamente os valores de resistência de união (P ? 0,05). Não foram encontradas diferenças entre MTA e BIO quando consideradas as mesmas condições (P > 0,05). Nas condições do estudo pode-se concluir que a agitação ultrassônica incrementou a resistência de união dos materiais reparadores; ainda, que o MTA-HP apresentou união à dentina cervical inferior aos demais materiais.
Palavras chaves: Endodontia. Materiais biocompatíveis. Resistência ao cisalhamento. Ver menos