O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta de pacientes fumantes (PF) e não fumantes (PNF) com periodontite crônica moderada, tratados por meio de debridamento periodontal (DBP) ou raspagem e alisamento radicular (RAR), quanto aos parâmetros clínicos e microbiológicos, relacionado aos níveis de Porphyromonas gingivalis (Pg), Tannerella forsythia (Tf) e Treponema denticola (Td). Em estudo clínico, randomizado, controlado e de boca-dividida, foram selecionados 12 PF e 12 PNF, com mínimo de 20 dentes e pelo menos 8 dentes com profundidade de sondagem (PS) ? 5 mm e com sangramento à sondagem (SSs), para análise clínica e microbiológica. Os pacientes receberam os dois tratamentos, RAR (n= 24) e DBP (n= 24), determinados por meio de sorteio, sendo que dois quadrantes receberam RAR e dois receberam DBP. Os parâmetros clínicos avaliados foram: Índice de Placa (IP), SSs, PS e Nível de Inserção Clínica (NIC) para os 8 sítios selecionados e para boca toda. Os níveis de Pg, Tf e Td foram avaliados a partir das coletas de biofilme subgengival, pela técnica de reação da polimerase em cadeia (PCR) em tempo real. Todas as coletas e avaliações clínicas foram realizadas antes (baseline) e após 1, 3 e 6 meses dos tratamentos. Após análise dos dados, pode-se observar que DBP e RAR apresentaram significativas (p<0,001) reduções dos parâmetros clínicos aos 6 meses para PF e PNF. Entretanto, os PF demonstraram resultados de PS estatisticamente maiores (p<0,001) que os PNF. Para os parâmetros microbiológicos, analisando a contagem de Pg, Tf e Td, pode-se observar semelhança na microbiota de PF e PNF, no baseline. Independente do tratamento realizado, houve significativa redução dos microrganismos estudados no 10 mês, mantendo-se constante até os 6 meses para Tf e Td, entretanto, Pg mostrou aumento significativo ao término do estudo para PF e PNF. Dentro dos limites deste estudo, pode-se concluir que ambas as terapias foram efetivas no tratamento da periodontite crônica e que o perfil microbiológico de pacientes fumantes foi semelhante ao de pacientes não fumantes. Entretanto a profundidade à sondagem apresentou menor redução nos pacientes fumantes, quando comparada aos não fumantes, sem diferenças para o nível de inserção clínica Ver menos