Avaliação da estabilidade primária de implantes osseointegráveis instalados em tíbia de coelhos osteoporóticos
Denis Damião Costa
Dissertação
por
D D762
Campinas : [s.n.], 2017.
92f. : il.
Dissertação (Mestrado em Implantodontia) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
O aumento da expectativa de vida e, consequente, elevação do número de indivíduos portadores da osteoporose, e em terapia com bisfosfonatos, requer uma melhor compreensão da comunidade científica odontológica de como a doença e a terapêutica medicamentosa, afetam a instalação do implante dental de...
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O aumento da expectativa de vida e, consequente, elevação do número de indivíduos portadores da osteoporose, e em terapia com bisfosfonatos, requer uma melhor compreensão da comunidade científica odontológica de como a doença e a terapêutica medicamentosa, afetam a instalação do implante dental de titânio. O sucesso a longo prazo da terapia com implantes, depende da obtenção de estabilidade favorável, e que nos locais de baixa densidade óssea está diminuída, logo, a osteoporose pode ser fator de risco para a estabilidade do implante. Presume-se que os bisfosfonatos, por aumentar a Densidade Mineral Óssea (DMO), também podem favorecer a estabilidade primária do implante. Objetiva-se avaliar, através de ensaios clínicos não-invasivos, de Torque de Inserção (TI) e Análise de Frequência de Ressonância (AFR), a estabilidade primária de implantes instalados em tíbia de coelhas osteoporóticas, tratadas ou não, com alendronato sódico, e averiguar o nível de correlação destas variáveis. Utilizou-se, neste experimento, vinte e uma coelhas adultas, da raça Nova Zelândia, que foram distribuídas em três grupos: grupo 1 (n=7), controle, composto por animais saudáveis, que não foram submetidos ao processo de indução a osteoporose; grupo 2 (n=7), experimental, constituído de espécies induzidas à osteoporose e não tratadas com bisfosfonatos, para o controle da doença e; grupo 3 (n=7), experimental, formado por coelhas osteoporóticas e tratadas com alendronato sódico, 10mg/semana, para o controle da doença. Foi utilizado como método de indução a osteoporose, a associação da ovariectomia bilateral com a corticoterapia (acetato de metilpredinisolona, 1mg/kg/dia). Os implantes foram instalados nas tíbias dos animais, os ensaios clínicos foram aplicados e, os grupos 1, 2 e 3, revelaram para o TI, respectivamente, 27,91 ± 15,91 N.Cm, 11,36 ± 6,08 N.Cm, e 14,99 ± 9,49 N.Cm. O resultado foi estatisticamente significativo entre o grupo 1 e os grupos 2 e 3 (p=0,03), e entre os grupos 2 e 3 não houve significância (p=0,41). Quanto a AFR média, obteve-se 77,71 ± 1,80 ISQ, 72,14 ± 4,80 ISQ, e 74,93 ± 4,59 ISQ, nos grupos 1, 2 e 3, respectivamente. Ao comparar os 3 grupos não houve diferença estatística significativa (p=0,054). O coeficiente de correlação Pearson revelou pequena correlação positiva entre as variáveis, não estatisticamente significativa (R² = 0,333; p=0,14). Guardada as limitações do estudo em animais, observou-se: não há correlação entre as variáveis TI e AFR; houve maior estabilidade primária, no grupo saudável, em relação aos grupos osteoporóticos; e, numericamente, os testes de TI e AFR, mostraram-se favoráveis ao grupo tratado com bisfosfonato em detrimento ao não tratado. Porém, este resultado não revelou significado estatístico, permitindo concluir, neste experimento, que o alendronato sódico não foi capaz de melhorar a estabilidade primária de implantes osseointegráveis instalados em tíbia de coelhas osteoporóticas.
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Sotto-Maior, Bruno Salles
Orientador
Avaliação da estabilidade primária de implantes osseointegráveis instalados em tíbia de coelhos osteoporóticos
Denis Damião Costa
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Denis Damião Costa
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