Substitutos ósseos têm sido amplamente utilizados para reconstrução de ossos maxilares atróficos. Uma vez que relatos anteriores demonstram a existência de células viáveis em blocos ósseos após processamento pelos bancos de tecidos músculo-esqueléticos para uso ortopédico, o objetivo deste trabalho foi avaliar a possível presença de células em blocos ósseos alógenos provenientes de três bancos de tecidos músculo-esqueléticos do Brasil. Todas as amostras foram processadas, pelos respectivos bancos, seguindo as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária brasileira. Foi realizada a retirada de duas amostras de cada bloco. Após descalcificação em ácido fórmico 20%, seções de 5µm foram obtidas e submetidas ao processamento histológico e subsequente coloração por hematoxilina e eosina e Feulgen. Realizou-se a análise em microscópio de luz e as imagens foram analisadas quanto a presença de células e DNA. As imagens de microscopia de luz de todos os fragmentos de enxertos ósseos mostraram presença de células do tipo osteócito em todos os grupos avaliados, bem como, intensa coloração por Feulgen, demonstrando a presença de DNA nos ossos mesmo após o processamento realizado. Conclui-se que mesmo após os processamentos realizados pelos bancos de tecidos músculo-esqueléticos brasileiros é possível encontrar células nos ossos utilizados para enxertia alógena. Ver menos