Após a perda dos dentes posteriores na maxila é comum encontrarmos uma altura óssea residual reduzida, devido à pneumatização do seio maxilar e à reabsorção do osso alveolar. Algumas técnicas são descritas na literatura para possibilitar a reabilitação desta região com implantes de titânio, como a utilização de implantes curtos ou técnicas para a elevação do assoalho do seio maxilar. Dentre estas, as mais relatadas são a técnica de Summers (abordagem através da crista alveolar com osteótomos) e as técnicas de abordagem lateral com instrumentos rotatórios. O objetivo deste trabalho é avaliar a técnica de acesso ao seio maxilar, através da crista alveolar com instrumentos rotatórios (SCA Kit / Neobiotech®, Seul, Coréia do Sul), considerando a integridade da membrana sinusal e o ganho ósseo em altura. Foram realizados 37 acessos ao seio maxilar em 24 pacientes, havendo casos em que 2 ou 3 acessos foram realizados no mesmo seio maxilar. Para a análise desta técnica, foi fundamental avaliar a integridade da membrana sinusal a cada implante instalado, uma vez que cada abordagem ao seio gera um novo risco de fenestração. O percentual de rompimento durante a osteotomia foi 3,22% e durante a acomodação do biomaterial, 3,33%. A média do ganho em altura obtido no pós operatório imediato foi de 5,92 mm e no pós de 180 dias, 5,57mm. Não observamos relação direta entre o Kit SCA e o ganho ósseo obtido, uma vez que a membrana foi elevada devido à pressão exercida pelos biomateriais. Considerando os resultados obtidos neste trabalho, concluiu-se que a técnica SCA pode ser considerada segura com relação à manutenção da integridade da membrana sinusal e previsível com relação ao ganho ósseo em altura, confirmando a hipótese alternativa.




Palavras-chave: Implantes dentários. Seio maxilar. Enxertia óssea. Ver menos