Enxerto autógeno é biologicamente o "padrão ouro" na cirurgia reconstrutiva devido à alta imunocompatibilidade. Além disso, o osso autógeno induz a formação óssea, fazendo com que as células progenitoras indiferenciadas se tornem comprometidas para a diferenciação osteogênica. O substituto ósseo particulado composto de CaP/PLGA, desenvolvido pela Universidade de Toronto representa uma alternativa promissora para a manutenção da integridade óssea alveolar nesse cenário. Esse material é uma matriz tridimensional trifásica reabsorvível e osteocondutiva, composta por ácido poliláctico-co-glicólico e duas fases de fosfato de cálcio reabsorvível. Com o objetivo de avaliar a neoformação óssea em defeitos críticos criados em calvária de rato foram utilizados 30 animais, Albinus Wistar, machos, divididos em 3 Grupos. No grupo controle (Grupo I) foi utilizado coágulo para preenchimento, recoberto por membrana biológica de origem bovina. No Grupo II foi utilizado um substituto ósseo inorgânico heterógeno obtido a partir da parte mineral de osso bovino e membrana cortical de origem bovina e no Grupo III o substituto ósseo utilizado foi um composto particulado de poliláctico-glicólico (PLGA) e membrana cortical de origem bovina. Foram eutanasiados 5 animais de cada grupo aos 30 e 60 dias pós operatórios. Tanto o grupo controle como os grupos experimentais apresentaram evidências de neoformação óssea após 60 dias. O estudo quantitativo dos cortes histológicos mostrou que não houve diferença significativa de neoformação óssea entre os materiais estudados, embora o substituto ósseo particulado composto de CaP/PLGA tenha apresentado osso neoformado especificamente na sua porção central. A avaliação qualitativa dos cortes histológicos das amostras ósseas coletadas mostraram evidências de propriedades osteocondutoras e biocompatibilidade para ambos materiais.


Palavras-chave: Enxerto. Biomateriais. Reparos. Ver menos