Sabe-se que as doenças periodontais são um processo inflamatório resultante da ação de periodontopatógenos bucais específicos encontrados no biofilme dental. Tal enfermidade está diretamente relacionada a fatores de risco ambientais e sistêmicos, como a ação dos hormônios sexuais femininos. Apesar de ainda não muito bem esclarecido, há fortes evidências que o estrogênio poderia exacerbar a resposta inflamatória nas periodontites. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estudar o efeito do estrogênio na secreção fibroblástica de MMPs baseado num modelo in vitro mimetizando a presença de microrganismos patogênicos na forma de lipopolissacarídeo (LPS) em cultura celular de fibroblastos gengivais humanos. Após o seu cultivo, os fibroblastos foram divididos em 4 grupos experimentais de acordo com cada tratamento: controle, LPS, estrogênio e LPS+estrogênio. As células foram avaliadas em relação à proliferação e viabilidade; e à quantificação da secreção de MMP-2 como variável de resposta por meio de ELISA. Após as análises, foi observado que a proliferação celular aumentou nos grupos tratados com estrogênio e LPS+estrogênio no período de 24h, mas houve uma redução no grupo tratado com estrogênio no período de 72h. Nos tempos 24 e 48h houve uma redução da viabilidade celular no grupo tratado com estrogênio. Já o teste ELISA mostrou uma redução da secreção de MMP-2 no grupo tratado com estrogênio, revelando, porém, um aumento da secreção de MMP-2 no grupo tratado com LPS+estrogênio. Este estudo demonstrou que a associação entre LPS e estrogênio apresentou efeito sinérgico sobre a secreção fibroblástica de MMP-2.


Palavras-chave: Metaloproteinases da matriz., Fibroblastos,. Estrogênios
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