O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação de etanol e clorexidina na resistência e longevidade da união de sistema adesivo convencional à dentina normal e afetada por cárie. Foram utilizados 60 terceiros molares, nos quais foi exposta dentina oclusal média e metade dos dentes foi submetido a um procedimento procedimentos para obtenção de dentina afetada por cárie. Os dentes foram divididos em 6 grupos experimentais considerando os dois tipos de dentina (hígida e afetada por cárie) restauradas com sistema adesivo convencional (Adper Single Bond 2 3M/ESPE - controle) associado ao tratamento prévio da dentina com clorexidina ou com etanol (n=10). Em seguida foram restaurados com resina composta (Z100 3M ESPE) sendo o grupo controle com espécimes de dentina hígida e em 24 horas foram obtidos espécimes de 1mm2 de área que foram submetidos ao teste de microtração imediatamente ou após armazenamento em água destilada por 180 dias. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) em esquema de parcela subdividida adotando-se um nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram que os grupos com dentina hígida apresentaram médias de resistência de união significativamente maiores (p<0,05) do que os grupos com dentina afetada por cárie. Nos grupos sem pré-tratamento dentinário com etanol e clorexidina, tanto para dentina normal como afetada, a resistência de união aumentou significativamente como o tempo (p<0,05). Não houve diferença significativa entre os tratamentos (p>0,05). Conclui-se que a resistência de união à dentina normal é maior comparada à dentina afetada por cárie e os pré-tratamentos dentinários com etanol e clorexidina aplicados individualmente ou em conjunto não influenciam a união aos dois substratos dentinários estudados.



Palavras-chave: Cárie dentária. Dentina. Etanol. Clorexidina.
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