O objetivo do trabalho foi avaliar in vitro a microdureza do esmalte dental humano submetido a diferentes agentes clareadores contendo peróxido de hidrogênio (PH) de alta ou baixa concentrações adicionados ou não de cálcio e/ou fluoreto utilizados nas técnicas de moldeira ou em consultório. Foram utilizados 60 blocos de esmalte dental humano obtidos de 30 terceiros molares humanos hígidos, que foram distribuídos aleatoriamente e submetidos a seis diferentes agentes clareadores (n=10), sendo quatro com PH de alta concentração: Whiteness HP Maxx/ FGM (PH a 35%), Whiteness HP Blue/ FGM (PH a 35% + gluconato de cálcio 2%), Pola Office +/ SDI (PH a 37,5% + nitrato de potássio 5%) e Opalescence Boost/ Ultradent (PH a 38% + fluoreto 1,1% e nitrato de potássio 3%); e dois de baixa concentração: Pola Day/ SDI (PH a 9,5%) e White Class 10%/ FGM (PH a 10% + nitrato de potássio + cálcio + fluoreto). A microdureza do esmalte foi medida quantitativamente em número de dureza de Knoop (KHN) antes, durante e após o clareamento em seis diferentes tempos. A análise de variância a dois critérios mostrou que não houve interação entre os fatores em estudo Agente clareador e Tempo (p = 0,341). Os valores de microdureza foram significativamente influenciados pelo tipo de agente clareador utilizado (p < 0,001) e também variaram em função do tempo (p < 0,001). O teste de Tukey mostrou que o esmalte clareado com Whiteness HP Maxx ou White Class 10% apresentaram menores valores de microdureza. Maiores valores de microdureza do esmalte para todos os clareadores foram encontrados até a 2a aplicação do PH de alta concentração ou após a 8a aplicação do PH de baixa concentração, e houve redução dos valores até o fim do tratamento. Conclui-se que a concentração, composição e aplicação de cada agente podem influenciar a microdureza, havendo diminuição dos valores em função do tempo, independentemente do agente utilizado. Ver menos