Em casos de insucesso do tratamento endodôntico, se faz necessário uma reintervenção. O primeiro desafio do retratamento endodôntico recai na desobturação do canal radicular, para que se possa ter livre acesso a toda extenção do canal e assim promover a desinfecção. O objetivo desse trabalho foi, através de uma revisão da literatura, avaliar a eficácia de técnicas de movimentos rotatórios e reciprocantes no retratamento endodôntico. Nenhum sistema estudado foi capaz de eliminar totalmente a presença de material de preenchimento obturador presentes nos canais radiculares. Diversos estudos compararam a eficiência de instrumentos como Recirpoc, Mtwo, Protaper e WaveOne, sendo que as discussões apontam para fatores como fraturas dentais, formação de debris, problemas na remoção de todo o material obturador, insucesso na utilização de técnicas individualizadas, bem como problemas de fadiga por torção dos instrumentos utilizados. Pode-se concluir que as técnicas mecanizadas (rotatórias e reciprocantes) levam a um menor tempo para a remoção do material-obturador e promovem melhor centralização do canal em relação às técnicas manuais, sendo que os sistemas reciprocantes geram menor risco de estresse torcial com diminuição de chances de fratura, tendem a ser mais rápidos que os rotatórios, mas estão mais associados à formação de debris.
Palavras-chave: Movimentos reciprocantes. Movimentos rotatórios. Retratamento. Instrumentos manuais.
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