O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de união de cimentos resinosos com diferentes estratégias adesivas (Rely X U200®, Panávia F Half Light® e Enforce®) para cimentação de cerâmica de dissilicato de lítio produzido por sistema mecanizado à dentina. Trinta terceiros molares humanos foram planificados com lixas de carbeto de silício nas granulações 600, 1000 e 1200, e cortados para produzir blocos com 5x5 mm que foram incluídos em resina de poliestireno. Posteriormente, cilindros de cerâmica de dissilicato de lítio (Emax, Ivoclar-Vivadent), com 2,5 mm de diâmetro por 5 mm de altura foram cimentados com cimentos resinosos duais convencional (Enforce; 3M Dentsply ), autoadesivo (RelyX U200;3M ESPE, Dentsply ) e contendo MDP (Panavia F 2.1; Kuraray, Kota Japão), seguindo as orientações de cada fabricante. Após 48 horas, testes de resistência ao cisalhamento foram realizados em uma máquina de ensaios universais (EMIC) com velocidade de 0,5 mm/minuto, e os padrões de fratura classificados em lupa estereoscópica com aumento de 30x. Os valores de resistência ao cisalhamento foram obtidos em Kgf e convertidos em MPa. Os resultados foram submetidos a ANOVA a um critério (nível de significância de 5%), o qual revelou ausência de diferenças estatísticas entre os grupos (p=0,223). O padrão de fratura entre os grupos do cimento resinoso convencional e contendo MDP mostrou 50% de fraturas adesivas e 50% coesivas em cerâmica, e o grupo autoadesivo mostrou 70% de falhas adesivas e 30% coesivas em cerâmica. Pode-se concluir que diferentes estratégias de adesão com cimentos resinosos distintos não produziram diferenças em resistência adesiva ao cisalhamento de cerâmica de dissilicato de lítio à dentina.
Palavras-chave: Adesivos dentinários. Cimentos resinosos. Porcelana dental. Resistência ao cisalhamento.
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