Descontaminação de implantes dentários com a utilização de laser de diodo de alta potência
Fernando Gonçalves Rios
Tese
por
D762
Campinas : [s.n.], 2014.
86f. : il.
Tese (Doutorado em Implantodontia) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
O sucesso da reabilitação oral obtido com a utilização de implantes dentais pode ser comprometido pela contaminação da superfície dos implantes por microrganismos. Esses contaminantes intensificam a resposta inflamatória, alteram a estrutura superficial do implante e originam doenças...
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O sucesso da reabilitação oral obtido com a utilização de implantes dentais pode ser comprometido pela contaminação da superfície dos implantes por microrganismos. Esses contaminantes intensificam a resposta inflamatória, alteram a estrutura superficial do implante e originam doenças peri-implantares. Esta pesquisa se propôs a avaliar diferentes parâmetros de irradiação do laser de diodo de 968nm na descontaminação da superfície de implantes dentários tratados por subtração ácida, bem como estabelecer um método de descontaminação eficaz, exequível com os parâmetros explicitados. O aparelho gerador de laser foi aferido nas potências nominais de 2,5W, 3W, 3,5W e 4W, em modo contínuo, por meio do uso do espectrômetro Shamrock 300i com detector iDUS InGaAl linear array refrigerado a -80ºC. Foi utilizado um implante dental de 10 mm de comprimento, instalado a uma profundidade de 7 mm em osso de costela suína. Sensores térmicos foram posicionados em contato direto com o implante, nas regiões cervical e apical. O osso foi mantido a 37ºC. Os implantes foram irradiados perpendicularmente ao eixo, em sua face exposta, a uma distância aproximada de 3 mm, por 5 e 10 segundos, respectivamente, nas potências nominais referidas, nos modos contínuo e pulsado. Foi utilizada uma fibra óptica com diâmetro de 400 m. Nas potências nominais de 2,5W (real de 1,65W) e 3,0W (real de 1,98W), os implantes foram irradiados por 10s nos modos pulsado (10ms e 50Hz) e contínuo e resfriados com um fluxo de ar de 2,5 l/min (25oC). Estas potências e modos de irradiação foram selecionados de modo tal que a variação de temperatura causada pela irradiação do laser não poderiam superar em nenhum momento 47oC para não ocasionar necrose óssea. Finalmente, para a descontaminação, foram utilizados 48 implantes tratados por subtração ácida e contaminados com culturas puras de referência de Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa), Prevotella intermedia (Pi) ou Candida albicans (Ca). A descontaminação teve como grupo de controle implantes tratados com solução de digluconato de clorexidina a 0,12%. Os experimentos foram feitos em triplicata. As avaliações da ocorrência efetiva da contaminação, assim como da descontaminação, foram realizadas por meio de espectrofotometria, com intervalos de 24 horas. Os resultados obtidos permitiram a elaboração de um novo método de descontaminação de implantes, in vitro, que se utiliza do laser de diodo nas potências reais de 1,65W, por 10s, no modo contínuo e de 1,98W, por 10s, nos modos contínuo e pulsado para a eliminação das culturas contaminantes sem ultrapassar o limite de 47oC.
Palavras-chave: Implantes dentais. Laser de diodo. Peri-implantite. Descontaminação.
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Palavras-chave: Implantes dentais. Laser de diodo. Peri-implantite. Descontaminação.
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Daiane Cristina Peruzzo
Orientador
Descontaminação de implantes dentários com a utilização de laser de diodo de alta potência
Fernando Gonçalves Rios
Descontaminação de implantes dentários com a utilização de laser de diodo de alta potência
Fernando Gonçalves Rios
Exemplares
Nº de exemplares: 1
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