O objetivo deste estudo foi avaliar a acurácia, na mensuração do comprimento de trabalho radicular, utilizando os métodos radiográfico (RAD) e o localizador apical (EAL) in vivo, e comparar com a medida real (PR) utilizando o método visual, ex vivo após a extração dentária. Molares decíduos com indicação para exodontia foram selecionados para o estudo totalizando cinquenta e uma raízes analisadas. Depois da obtenção do consentimento livre e esclarecido dos responsáveis pelos pacientes a radiografia já contida na ficha do paciente foi analisada e o acesso endodôntico sob anestesia local foi realizado para obtenção da mensuração do canal radicular com o localizador apical. O elemento foi extraído e o método visual de obtenção do comprimento real de trabalho foi obtido. As medidas obtidas através de cada método foram realizadas por dois examinadores e comparados com o método visual usando o coeficiente de correlação intraclasse (ICC) com os limites de concordância calculado com análise de Bland e Altman. As medidas foram classificadas como aceitáveis (± 1 mm do visual) ou não (> 1 mm mais curto ou mais longo), e o teste de McNemar foi utilizado para comparação de métodos. Os resultados demontram: Limite de concordância inter examinador para os métodos RAD 0,937 A 0,979; EAL 0,988 A 0,996; PR 0,997 A 0,999; Validade de acordo com os examinadores EX 1: RAD 0,896 EAL 0,951; EX 2: RAD 0,937 EAL 0,956. Comparação dos métodos: limite até 1 mm: EX 1: p=0,190; EX 2: p=0,603; limite inferior a 1 mm: EX 1: p=0,029; EX 2: p=0,300. Quando se considera o limite aceitável de menor que 1 mm, observa-se que o localizador apical teve um melhor desempenho significativo apenas para o examinador 1. O método radiográfico apresentou reprodutibilidade significante menor do que o localizador, o que indica que o método radiográfico pode ser mais suscetível a diferentes operadores, enquanto que o localizador possui uma boa reprodutibilidade e é menos dependente do operador.
Palavras-chave: Radiografia. Localizador apical. Dentes decíduos.
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