Esta pesquisa objetivou avaliar a conformação anatômica do forame apical após instrumentação em dois diferentes comprimentos de trabalho: no limite e 1 mm além do forame apical. Trinta canais mésio-vestibulares de molares inferiores e superiores, "ex vivo", foram instrumentados com limas do sistema mecanizado Wave One™, observando-se as recomendações do fabricante. Antes e após a instrumentação, nos dois diferentes limites, foram feitas fotomicrografias dos forames com ampliação de 20x e 50x, utilizando o Microscópio Eletrônico de Varredura. Essas imagens foram submetidas à avaliação quantitativa e qualitativa. Para a avaliação qualitativa três examinadores (teste cego) compararam as imagens do forame original com aquelas obtidas após as instrumentações, verificando a presença ou ausência de deformação. Para a avaliação quantitativa foram medidas as áreas dos forames antes e após os preparos biomecânicos, através do software AutoCAD. Os resultados foram analisados no Programa Biostat 4.0. O Teste de Correlação de Pearson evidenciou boa correlação entre os examinadores. A moda dos resultados foi submetida à Analise Descritiva e ao Teste de Mann Whitney (p=0.2675). Para análise quantitativa dos dados foi utilizado o Teste de Kruskal-Wallis complementado pelo Método de Dunn. Os resultados mostraram que a instrumentação deformou o forame apical nos dois comprimentos de trabalho e que houve alteração significante nas áreas dos forames originais quando comparadas às áreas dos forames instrumentados no limite da sua abertura e 1 mm além. Concluiu-se que, independentemente do comprimento de trabalho, a instrumentação causa alterações morfológicas nos forames apicais e essas alterações são maiores quando o preparo ultrapassa o limite do forame.
Palavras-chave: Patência apical. Alargamento foraminal.
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