A introdução do cimento resinoso para cimentação de pinos de fibra de vidro no conduto radicular pode ser realizada de diferentes maneiras, mas sem ainda haver uma relação quanto à presença de porosidades no cimento e influência na resistência de união à dentina. O presente estudo avaliou quatro diferentes técnicas de introdução docimento resinoso autoadesivono conduto radicular quanto à resistência de união de pinos de fibra de vidroem diferentes profundidades intrarradiculares, modo de falhae presença de porosidades no cimento. As amostras foramcompostas por 40 raízes de pré-molares humanos, aleatoriamente distribuídas em quatro grupos (n=10), que receberam corte de sua raiz a 13mm do ápice à região cervical. Os condutos foram preparados a 10mm com brocas de largo.Os pinos de fibra de vidroforam tratados com silano e o cimento resinoso autoadesivo (U200/ 3M ESPE) foi introduzido no conduto para cimentação por meio de diferentes técnicas de inserção: uso de seringa de inserção, uso de broca lentulo em baixa rotação, uso de lentulo por meio manual e uso do pino de fibra para inserção do cimento. De uma mesma unidade experimental foram obtidas seis secções transversais correspondentes aos terços cervical, médio e apical das raízes, caracterizando um experimento com medidas repetidas. Uma secção radicular de cada terço foi utilizada para os testes de resistência de união por push-out, em máquina de ensaios universal (Emic) com velocidade de 0,05mm/min, e mensurada em MPa. Após o teste, o modo de falha foi avaliado em lupa estereoscópica e classificado em diferentes escores. A quantidade de porosidades no cimento foi avaliada em microscopia óptica, mensurada em escores (ausente ou presente).A análise de variância a dois critérios e o teste de Tukey mostraram que os valores da resistência de união foram diferentes dependendo dos terços (p<0,05). Na região cervical, a técnica do Pino foi a que apresentou maior resistência de união, diferente das demais. No terço apical, a menor resistência de união foi encontrada para a técnica do pino, sendo este técnica também diferente estatisticamente das demais. Quanto ao padrão de fratura encontrado, a maior prevalência foi adesiva entre os grupos, porém a técnica do Pino apresentou mais fraturas coesivas. Quanto à presença de porosidades, em média, as amostras apresentaram metade de sua área total, sem diferenças significativas entre as técnicas e entre os terços pelo teste de Kruskal Wallis. Pode-se concluir que a resistência de união de um cimento resinoso autoadesivo à dentina intrarradicular foi influenciada pelo tipo de técnica de introdução do cimento e pela profundidade radicular. Atécnica de introdução do cimento no conduto e as diferentes profundidades intrarradiculares não influenciaram a quantidade de porosidades no cimento.
Palavras-chave: Cimentos de resina. Teste de materiais. Adesivos dentinários. Pino de fibra de vidro. Fibra de vidro.

Different methods may be used for introducing resin cement into the root conduto for cementation of glass fiber posts, however, as yet no relationship has been established as regards the presence of porosity in cement and its influence on the bond strength to dentin. The aim of this study was to evaluate four different techniques for introducing self-adhesive resin cement into the root conduto, with regard to the bond strength of glass fiber posts at different intrarradicular depths, failure mode and presence of porosities in the cement. The samples consisted of 40 human pre-molar roots, randomly divided into four groups (n=10). The roots were cut 13mm from the apex in the cervical region. The condutos were prepared to a depth of 10mm with low speed largo burs. The glass fibers posts were treated with silane and self-adhesive resin cement (U200/ 3M ESPE) and were introduced into the root conduto for cementation by means of different insertion techniques: use of insertion syringe; low speed lentulo spiral; lentulo spiral used manually, and fiber post used for cement insertion. From one and the same experimental unit, six cross sections were obtained, corresponding to the cervical, middle and apical thirds of the roots, characterizing a repeated measures experiment. A root section from each third was used for push-out bond strength tests in a universal test machine (Emic) at a speed of 0.05mm/min, measured in MPa. After the test, the failure mode was evaluated under a stereoscopic loupe, and classified by different scores. The quantity of porosities in the cement was evaluated under an optical microscope, measured in scores (absent or present). Two-way analysis of variance and Tukey test showed that bond strength differed, depending on the thirds (p<0.05). In the cervical region, the post technique showed the highest Bond strength, differing from the others. In the apical third, the lowest bond strength was found for the post technique, which also differed statistically from the others. As regards failure pattern, adhesive failure was most prevalent among the groups, however, the post technique presented more cohesive fractures. As regards porosities, on an average, there was presence of porosities in half of the total area of samples, without significant difference between the techniques and thirds, by the Kruskall-Wallis test. It could be concluded that the bond strength of a self-adhesive cement to intrarradicular dentin was influenced by the type of cement introduction technique and root depth. The technique for introducing cement into the root conduto and the different intrarradicular depths did not influence the quantity of porosity in the cement.
Keywords, Resin cement. Material tests. Dentin adhesives. Glass fiber posts. Glass fiber. Ver menos