Mudanças significativas ocorrem na arquitetura óssea alveolar após a perda do órgão dental. Essas alterações morfológicas dificultam ou até mesmo impedem a instalação de implantes a menos que esse rebordo ósseo seja recuperado, através de terapias de regeneração empregando enxertos ósseos. O enxerto ósseo autógeno é considerado o melhor material para utilização em regeneração óssea, pois além de outras propriedades evita a transmissão de agentes patológicos como príons e vírus. A hidroxiapatita tem despertado grande interesse devido à similaridade química com a porção mineral do tecido ósseo. O objetivo deste trabalho foi caracterizar física e quimicamente dois biomateriais obtidos de origens diferentes, Algipore® (algas) e Bio-Oss® (bovino), empregados como substitutos do osso autógeno. Os materiais acima descritos foram caracterizados empregando-se fluorescência de raios-X (FRX), espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier - FTIR, difração de raios-X (DRX), área superficial específica (BET), porosimetria por intrusão de mercúrio e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Após as caracterizações os dois biomateriais foram avaliados em ensaios de dissolução e bioatividade. Os resultados do FRX mostraram presença significativa do elemento flúor no Algipore. O FTIR identificou que ambos são da família dos compostos de fosfato de cálcio (CFC), em especial, hidroxiapatita (HA), sendo que o Algipore apresentou forte substituição de OH?por F?.O DRX revelou que Algipore apresenta maior cristalinidade em comparação ao Bio-Oss. O BET, complementado com os resultados observados da intrusão de mercúrio, apontou que ambos apresentam características macro e mesoporosas, sendo que o Algipore apresentouuma área total de superfície significativamente menor comparada ao Bio-Oss.Dentro dos limites desta pesquisa, os ensaios de solubilidade e bioatividade mostraram que o Bio-Oss é mais solúvel e bioativo que o Algipore. Ver menos