A ancoragem é a base de todo movimento ortodôntico, pois sem a resistência adequada frente aos movimentos recíprocos é impossível mover os dentes para as posições desejadas. A ancoragem pode ser obtida com diferentes dispositivos intrabucais, extrabucais e intermaxilares que são utilizados sempre com o objetivo de evitar o deslocamento dos dentes de ancoragem. No movimento ortodôntico bioprogressivo, uso do molar como ancoragem possibilita modificações dentárias e esqueléticas promovidas pelos aparelhos ortodônticos que direcionam forças que visam maximinizar o movimento dentário desejado, minimizando efeitos indesejáveis. No planejamento da ancoragem, é importante considerar o tipo de maloclusão, o padrão de crescimento facial, a densidade e estrutura óssea alveolar, a influência dos tecidos moles e a interação dos componentes sagitais e verticais da face. A escolha do tipo de aparelho deve ser efetuada de acordo com os objetivos do tratamento, mas sempre antecipando os possíveis efeitos dentários e esqueléticos. A força muscular exerce influência sobre o movimento dentário e pode ser utilizada em favor da ancoragem, principalmente em padrões braquifaciais. O arco utilidade libera forças leves e contínuas, possibilitando ancoragem em diversos movimentos como nivelamento, intrusão, retração e protração. Pode ser utilizado para abertura ou fechamento de espaços, em diferentes estágios do tratamento ortodôntico. Este estudo de caráter bibliográfico apresentou as indicações e vantagens e desvantagens do uso do arco utilidade como dispositivo de ancoragem. Concluiu-se que o arco utilidade pode ser usado em diferentes mecânicas, apresentando vantagens na distalização molar, onde impede a rotação imprópria da mandíbula e minimiza a extrusão do molar, além de simplificar e diminuir o tempo do tratamento. Ver menos