O objetivo deste estudo foi realizar uma análise através do método de elementos finitos 3D, das tensões no osso (cortical e medular) em implantes variando a angulação do pilar sob duas condições de carregamento. A partir de uma tomografia computadorizada da maxila de um paciente pré-selecionado foi confeccionado o modelo do arco superior contendo um implante Nobel ReplaceTM (13,0 milímetros x 5,00 milímetros) com plataforma switching e microrroscas no colar cervical, inserido na região do incisivo central esquerdo. Todos os implantes foram restaurados com coroas de cerâmica metalocerâmica cimentada aos pilares. Quatro modelos foram obtidos com auxílio do software Solidworks 2010: reto/45º e reto/90º - ambos com pilares retos, submetidos respectivamente a uma das condições de carga de 100N do tipo oblíqua (45º) ou paralela ao longo eixo do implante; ang/45º e ang/90º, ambos os pilares angulados (15º) submetidos aos diferentes tipos de força oblíqua (45º) ou paralela ao longo eixo do implante. Para a análise numérica utilizou-se o método dos elementos finitos através do software Ansys Workbench 10.0, sendo utilizada a tensão principal máxima e mínima. Todos os modelos apresentaram maior tensão no osso peri-implantar quando submetidos a cargas oblíquas. Os valores máximos das tensões principais no osso cortical foram 21,50 MPa em reto/45º, 10,20 MPa em reto/90º, 25,70 MPa no ang/45º e 7,00 MPa em ang/90º. Para o osso medular, os valores foram de 0,54 MPa em reto/45º, de 1,39 MPa em reto/90º, 2,27 MPa em ang/45º e 1,47 MPa em ang/90º. Concluiu-se que os implantes com pilares angulados geram maior tensão no osso medular do que os implantes com pilares retos, independentemente da condição de carga. Na região cervical do osso cortical, os pilares angulados também geraram maior tensão quando submetidos à carga oblíqua. No entanto, sob o carregamento paralelo ao longo eixo do implante, o pilar reto gerou maior concentração de tensões na região cervical do osso cortical.
Palavras-chave: Tensão. Elementos finitos. Implantes dentais. Plataforma switching. Microrroscas.

The aim of this study was to conduct a 3-dimensional finite element analysis of the stress in supporting bone (cortical and trabecular bone) of implants varying the abutment angulation under two loading conditions. A maxillary model containing an implant Nobel ReplaceTM (13.0mm X 5.00mm) with switching platform in the region of the left central incisor was fabricated according to a computed tomography of the maxilla. All implants were restored with feldspathic ceramic crowns cemented to the abutments. Four models were obtained with Solidworks 2010 software: straight /45º and straight /90º - both with straight abutments, submitted to two different loading conditions (100N), oblique (45º) and parallel to the implant long axis, respectively; angulated /45º and angulated/90º - similar to the models straight /45º and straight /90º, respectively, but with angulated (15º) abutments. For the numerical analysis the Ansys Workbench 10.0 software was used, the maximum and minimum principal stress were used. All models exhibited higher stress in the peri-implant bone when submitted to oblique loading. The maximum values of the principal stress in the cortical bone were 21.50 MPa in straight /45º, 10.20 MPa in straight /90º, 25.70 MPa in angulated /45º and 7.00 MPa in angulated/90º. For the trabecular bone, the values were 0.54 MPa in straight /45º, 1.39 MPa in straight /90º, 2.27 MPa in angulated /45º and 1.47 MPa in angulated/90º. It was concluded that the implants with angulated abutments generated higher stress in the trabecular bone than the implants with straight abutments, regardless the loading condition. In the cervical region of the cortical bone, the angulated abutments also generated higher stress when the oblique loading was applied. However, under loading parallel to the implant long axis, the straight abutment generated higher stress concentration in the cervical region of the cortical bone.
Keywords: Stress. Dental implants. Finite elements method. Platform switching. Microthreads.
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