A aplicação de biomateriais em regeneração óssea guiada é um recurso amplamente usado, e dentre os biomateriais que vêm sendo pesquisados estão os polímeros e compósitos sintéticos biorreabsorvíveis. O objetivo do presente estudo foi avaliar, por meio de análise histológica e histométrica, a reação tecidual e o reparo ósseo com o uso da pasta Alos® (polietilenoglicol, copolímero de ácido polilático poliglicólico e hidroxiapatita), quando implantada em defeitos ósseos experimentais, não críticos, em calvárias de ratos. O estudo utilizou 12 ratos Wistar, de 6 meses de idade, que foram submetidos a procedimento cirúrgico, sob anestesia geral, para confecção de dois defeitos ósseos de 3mm de diâmetro em calvárias, sendo um de cada lado da linha média. Um dos defeitos foi preenchido com a pasta Alos® (grupo teste) e o outro com coágulo sanguíneo (grupo controle). Seis animais foram eutanasiados após períodos de cicatrização de 15 e 60 dias, quando suas calvárias foram removidas e processadas para serem analisadas. Os resultados histológicos, no período de 15 dias, mostraram que houve formação óssea trabecular em ambos os grupos. Uma reação inflamatória significativa foi vista no grupo teste, estando associada à degradação do material. No período de 60 dias, observou-se maturação no processo de reparo, com formação óssea lamelar, em ambos os grupos. No grupo teste, nos períodos de 15 e 60 dias, foi observada formação óssea em íntimo contato com o material, inclusive entre os poros do mesmo, esta situação proporcionou formação óssea na porção mais central e superficial do defeito, não envolvida com as margens ósseas originais do defeito, diferentemente do padrão observado no grupo controle. O resultado histométrico mostrou que a média de área óssea no grupo controle foi de 29,19% (+14,31) e no teste foi de 32,50% (+15,81), sendo a diferença estatisticamente significante (p=0,022). Diante deste modelo de estudo empregado, conclui-se que a pasta Alos® permitiu a diferenciação celular e a formação de novo tecido ósseo, sem causar atraso no processo de reparo, quando comparado ao controle, mostrando-se biocompatível, biorreabsorvível e osteocondutiva.
Palavras-chave: Enxertos ósseos. Biomaterial aloplástico. Compósitos ósseos. PLGA.

The application of biomaterials in guided bone regeneration is a widely used resource, and among them the bioresorbable synthetic polymers and composites can be emphasized. The aim of the present study was to evaluate, through histological and histometrical analysis, the tissue reaction and bone repair obtained with the use of paste Alos®, (polyethylene glycol, copolymer of polylactic/polyglycolic acids and hydroxyapatite) when implanted in experimental non critical bone defects in rats calvarials. The study used 12 six month old Wistar rats which underwent surgery, under general anesthesia, in order to promote two bone defects showing a 3mm diameter in their calvarials, in each side of the midline. One of them was filled with paste Alos® (test group) and the other was filled with blood clots (control group). Six animals were euthanized after healing periods of 15 and 60 days, when their calvarials were removed and processed to analysis. The histological results, in the period of 15 days, showed that had been a trabecular bone formation in both groups. A greater inflammatory reaction was noticed in the test group, associated with the degradation of material. In the period 60 days, maturation was observed in the process of bone repair, with lamellar bone formation, in both defects. In the test group, in the periods of 15 and 60 days, a bone formation in close contact with the material, as well as among the porous was observed. This situation allowed bone formation in the superficial and central portion in the defect, not involved with the bone edge of the defect, differently from the standard observed in the control group. The histometric result showed that the average bone area in the control group was 29,19% (+ 14,31) and in the test was 32,50% (+ 15,81). Hence, the difference was statistically significant (p=0,022). Based on this study model used, it was concluded that the paste Alos® allowed cells differentiation and new bone formation without causing any delay in the repair process, when compared to the control group, showing biocompatibility, bioreabsorption and osteoconductive features.
Keywords: Bone graft. Synthetic biomaterial. Bone composite. PLGA.
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