A instalação de implantes odontológicos em situações com pouco volume ósseo representa uma dificuldade clínica e devido às exigências biomecânicas para a sobrevivência da prótese a longo prazo, a reconstrução prévia do rebordo com enxertos ósseos tornou-se um procedimento necessário. Com o objetivo de avaliar por meio de questionário, a conduta clínica de profissionais de odontologia que exercem a implantodontia, em procedimentos de enxerto ósseo em bloco para posterior reabilitação com implantes, foram distribuídos trezentos questionários com perguntas abertas e fechadas. Para a amostra final foram considerados apenas os questionários com 75% das questões adequadamente preenchidas. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente pelo método descritivo, sendo também avaliadas possíveis correlações entre as variáveis do questionário. Foram observados 182 respondentes com idade média de 34,2 anos, a maioria eram homens, com graduação e com especialização em escolas privadas, eram especialistas em implantodontia ou cirurgia, sendo que (31,3%) estavam formados a cinco anos. A maioria dos respondentes (81,3%) relatou realizar entre 1 e 4 enxertos ósseos por mês, sendo que destes o enxerto autógeno foi o mais citado (89,6%), com preferência para áreas doadoras intra-orais (86,2%) e quanto aos outros tipos de enxerto não houve distinção entre aloenxertos e biomateriais, independente da casuística do profissional. Foi possível observar maior preferência pelos enxertos fixados (87,9%), com perfuração no preparo do leito receptor (91,8%) e com tempo de reabertura de seis meses (44%). Quanto ao uso concomitante de barreira com enxerto ósseo a maioria dos respondentes (58%) não utiliza, e entre os que utilizam as membranas absorvíveis foram as mais citadas (30%). Com relação ao protocolo medicamentoso para o procedimento de enxertia, os resultados mostraram preferência pelo uso da clorexidina para antissepsia intra e extrabucal (95%), para o de uso corticóides para prevenção da dor e edema (64%), pelo uso de antibióticos profiláticos (31%) e o controle da ansiedade feito com sedativos por via oral (63%). Quanto ao uso de analgésicos, não houve distinção entre a preferência pelo uso da dipirona (36%) ou do paracetamol (37%). O uso do enxerto ósseo em bloco relatado por 81,3% dos respondentes deste estudo demonstra que os profissionais que exercem a implantodontia cada vez mais utilizam deste procedimento para melhorar o prognóstico do tratamento em suas reabilitações em áreas que não possuem mais as condições ósseas ideais.
Palavras-chave: Enxerto ósseo. Aloenxerto. Biomateriais.

The installation of dental implants in sites with low volume of bone poses a clinical difficulty. Due to the biomechanical demands for the prosthesis long-term duration, ridge reconstruction has become a necessary procedure. This study covers a survey-based assessment of clinical procedures in block bone grafting with dentistry professionals specialized in such services, in which 300 participants answered a questionnaire with open and closed questions. The final sample only included those with a minimum of 75% of adequate responses, however. The data collected were statistically tabulated and analyzed through the descriptive method, and possible correlations between questionnaire variables were also taken into consideration. A total of 182 respondents were analyzed; the professionals were averagely aged 34.2 years, mostly male, graduate or postgraduate from private institutions, specialized in implant dentistry or surgery, who finished their studies up to five years earlier (31.3%) or six to fifteen years earlier (30.2%). Most respondents reported to perform 1 to 4 bone grafts per month and the most commonly chosen technique was the autogenous bone graft (89.6%), with preference for intraoral donor sites (86.2%). As for other graft types, there was no distinction between allografts and biomaterials, independently from the approach of each professional. A greater preference for fixed grafts was observed (87.9%), with use of drilling in the preparation of the receiving bed (91.8%), as well as an uncovering time between five (30.2%) and six months (44%). Regarding the simultaneous use of barriers and bone grafts, most respondents reported not to adopt it (58%), but among those who use them, absorbing membranes were the most mentioned option (30%). The results for drug protocol in grafting procedures evidenced the preference for the use of chlorhexidine (95%) for intra and extrabuccal cleansing, corticoids to prevent local pain and edema (64%), prophylactic (31%) and therapeutic (15%) use of antibiotics, and anxiety control through the oral administration of sedation drugs (63%). As for the use of analgesics, there was no relevant distinction between preferences for dipyrone (36%) and paracetamol (37%). The use of block bone grafting described by most respondents (81,3%) in this analysis, make evident that dentistry professionals use this procedure for the improvement of the treatment prognosis, employing osseointegrated implants to recover sites that no longer present ideal bone conditions.
Keywords: Bone graft. Allograft. Biomaterials.
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