Avanços tecnológicos em enxertos ósseos para periodontia [recurso eletrônico]
Ricardo Carneiro Borra.
Monografia
por
D64
2012.
43 f.
Monografia (Especialização em Periodontia) - Faculdade São Leopoldo Mandic.
O tratamento atual da periodontite crônica é baseado na redução da carga bacteriana por meio de debridamento das superfícies radiculares e do controle de biofilme. Estes métodos são eficazes em cessar o avanço da doença, no entanto, não promovem a regeneração dos tecidos periodontais, principalmente...
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O tratamento atual da periodontite crônica é baseado na redução da carga bacteriana por meio de debridamento das superfícies radiculares e do controle de biofilme. Estes métodos são eficazes em cessar o avanço da doença, no entanto, não promovem a regeneração dos tecidos periodontais, principalmente naqueles casos onde existe um grande comprometimento do arcabouço ósseo de sustentação. As limitações da terapia convencional formaram a base para o desenvolvimento das técnicas cirúrgicas de regeneração as quais, possuem como princípios, a reparação do osso alveolar, do ligamento periodontal e do cemento, sobre uma superfície radicular anteriormente doente. As modalidades terapêuticas mais comuns utilizadas na terapia de reconstrução periodontal de forma isolada ou combinada incluem: a regeneração tecidual guiada (GTR) e os enxertos ósseos ou de material alógeno sintético ou natural, combinados ou não com substâncias moduladoras de crescimento. No início o osso autógeno foi utilizado para preenchimento de defeitos infra-ósseos com grau elevado de eficácia clínica. No entanto em função das dificuldades e limitações para sua obtenção, inúmeras alternativas foram propostas. O uso de enxerto ósseo alógeno foi e continua sendo muito utilizado principalmente devido as suas propriedades ósteo-condutoras e indutoras e comparável grau de eficácia clínica. Dentre estes, os enxertos ósseos liofilizados desmineralizado apresentam vantagens em relação ao tipo mineralizado em função da exposição de proteínas morfogênica e de outros fatores de indução da matriz extracelular óssea que estimulam a cascata de eventos responsável pela formação de novo osso. Entretanto, em função do enxerto ser obtido de cadáveres e, existir um risco potencial de transmissão de infecção, essa modalidade de enxerto não possui ampla aceitação. Desta forma, as pesquisas tem evoluído no sentido de buscar alternativas para sua substituição e, neste sentido o uso de enxertos xenógenos e de materiais sintéticos como os vidros bioativos se mostrou viável. No entanto, como muitos desses materiais carecem de propriedades ósteo-indutoras, as pesquisas também evoluíram no sentido de desenvolver e agregar substâncias que atuem como fatores de modulação do crescimento. Dentre os novos materiais utilizados para compensar a falta de propriedades ósteo-indutoras desses substitutos ósseos, pode-se citar: o derivado da matriz do esmalte, os plasma rico em plaquetas e seus componentes individualizados, proteínas morfogenéticas e outros materiais que ainda não foram suficientemente testados tais como o GEM 21S e o PepGen P-15. Entre todos esses materiais, os derivados da matriz do esmalte, quando utilizados em combinação com matriz óssea bovina ou osso humano liofilizado, produz diferença significativa nos parâmetros avaliados, mas sem grande importância clínica. A utilização de regeneração tecidual guiada isoladamente ou em combinação com enxerto ósseo na reparação do defeito periodontal infra-ósseo não mostraram melhora clínica adicional quando combinada com enxerto ósseo. Conclusão: O uso de algum tipo de preenchimento nos defeitos infra-ósseo apresenta vantagens clínicas em relação ao simples debridamento principalmente, quando o material utilizado possuí, além de potencial ósteo-condutor, também a propriedade de ósteo indução.
Palavras-chaves: Periodontite crônica. Enxerto ósseo. Ver menos
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Avanços tecnológicos em enxertos ósseos para periodontia [recurso eletrônico]
Ricardo Carneiro Borra.
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