O objetivo desse estudo foi determinar a quantidade de fluoreto (F) solúvel em álcali depositada no esmalte dental humano em função da concentração e do tipo de composto fluoretado presente em dentifrícios, e o efeito de desafios erosivos (DE) nessa formação. Foram obtidos 80 fragmentos de esmalte dental e divididos em grupos (n=20) de acordo com o dentifrício: Grupo controle (não fluoretado); Grupo NaF 1100 (1100 ppm F, na forma de NaF); grupo NaF 5000 (5000 ppm F, na forma de NaF), Grupo SnF2 1100 (1100 ppm F, na forma de SnF2). Os fragmentos foram imersos em 10 mL de dentifrício diluído 4x, por 1 min, 3x ao dia durante 3 dias. Em seguida, metade dos fragmentos de cada grupo foi exposta ao desafio erosivo (imersão em HCl 0,01M por 2 min, 2x/ dia, por 3 dias), o restante do tempo em saliva natural. A extração do F solúvel em álcali foi feita em KOH 1M, por 24h, sob agitação. Todas as dosagens de F foram feitas utilizando-se eletrodo íon específico. Os resultados de F solúvel em álcali (?g F/cm2) foram: C = 2,55 ± 1,0; C-DE = 2,28 ± 0,5; NaF 1100 =3,82 ± 1,7; NaF 1100 - DE = 4,76 ± 1,7; NaF 5000 = 5,24 ± 2,3 ; NaF 5000 - DE =4,02 ± 3,1; SnF2 1100 = 7,93 ± 3,2 ; SnF2 1100 - DE = 6,16 ± 4,4. Houve diferença significativa para o fator dentifrício (p= 0,00004), mas não houve para o fator desafio (p= 0,31781), nem interação significante entre os fatores (p= 0,36874); ANOVA 2 fatores = 0,05. Pode-se concluir que a concentração de fluoreto é mais importante do que o tipo de sal fluoretado, na quantidade de depósitos do tipo fluoreto de cálcio formados na superfície do esmalte dental. E que o desafio erosivo empregado não afetou a formação desses depósitos.
Palavras-chave: Fluoreto. Dentifrícios. Erosão dental. Ver menos