Definir, no tratamento de pacientes adultos com maloclusão de Classe III, entre um tratamento ortodôntico e cirúrgico combinados ou somente tratamento ortodôntico não é uma tarefa fácil. Nos casos ditos limítrofes (cirúrgicos/não cirúrgicos) a indeterminação é ainda maior. A única alternativa é focar-se em um diagnóstico minucioso sem desmerecer nenhum detalhe. Uma boa opção é utilizar a seqüência do esquema de Diagnóstico Ortodôntico Orientado para os Problemas de Proffit e Ackeman. Deve-se identificar exatamente a queixa principal e os aspectos sociais e psicológicos; considerar a saúde geral do paciente, o exame clínico, as análises radiográfica e cefalométrica, os modelos de gesso, a avaliação funcional, a ATM e a existência de reabsorção radicular. A análise facial é de fundamental importância. Deve-se considerar a possibilidade de Interagir com outras especialidades e os custos e riscos das opções de tratamento em relação aos benefícios. A colaboração do paciente e da família e o envolvimento destes na definição dos objetivos do tratamento leva a um comprometimento e consentimento expresso, que deve ser aplicado para os casos de Classe III. Nos casos limítrofes a resposta ao tratamento ortodôntico deve ser considerada. Identificar, elucidar e respeitar os limites em um tratamento demonstra conhecimento trazendo confiança ao paciente, familiares e ortodontistas
Palavras chave: Classe III. Limites do tratamento. Camuflagem. Cirurgia ortognática. Ver menos