O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de união de sistemas adesivos autocondicionantes ao esmalte com diferentes tempos de aplicação. Foram utilizados 32 terceiros molares humanos, e quatro sistemas adesivos autocondicionantes: Clearfil SE Bond (Kuraray), AdheSE (Ivoclar-Vivadent), Futurabond NR (Voco) e One Up Bond F Plus (J. Morita) respeitando-se as recomendações de cada fabricante e com o dobro de tempo de aplicação recomendado pelo mesmo. Os dentes foram separados de maneira aleatória e, seccionados em sua região central no sentido vestíbulo-lingual, paralelamente ao seu longo eixo com um disco diamantado de dupla face. Em seguida foram realizadas as aplicações dos sistemas adesivos e um bloco de 6 mm de altura foi confeccionado com a resina composta Rok (SDI) nas faces mesial e distal de cada dente. As amostras foram seccionadas serialmente a partir da resina composta, nos sentidos ocluso-gengival e vestíbulo-lingual com uma distância de 1 mm entre os cortes por meio de disco diamantado em cortadeira de precisão. O teste de microtração foi realizado, em máquina universal de ensaio, na velocidade de 0,5 mm/min. Os dados obtidos foram submetidos à ANOVA e Tukey Kramer. Observou-se que não houve diferenças estatisticamente significativas entre os tempos de aplicação do primer. O aumento do tempo de aplicação do primer não melhorou a adesão de sistemas autocondicionantes ao esmalte, porém influenciou padrão de fratura, aumentando a porcentagem de fraturas coesivas no adesivo.
Palavras-chave: Adesão. Sistemas adesivos autocondicionantes. Esmalte dental.

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