As pesquisas sobre a qualidade de sono de indivíduos com dores musculoesqueléticas, embora bastante abrangentes, contemplam pouco o impacto desta sobre a vida do indivíduo com dor persistente por Disfunção Temporomandibular (DTM) muscular. Por esta razão o objetivo deste estudo foi examinar a complexa relação entre a qualidade de sono, qualidade de vida e a dor persistente por DTM muscular. Realizou-se um estudo transversal com uma amostra aleatória, composta por 90 indivíduos divididos em grupo controle e pesquisa. Este último, constituído por indivíduos com DTM muscular segundo os Critérios de Diagnóstico e Pesquisa para as Disfunções Temporomandibulares (Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders - RDC/TMD). Os padrões do sono foram aferidos pelo Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP) e pela Escala de Sonolência de Epworth. Para mensurar a qualidade de vida usou-se o Inventário de Qualidade de Vida SF-36 e para a dor usou-se a escala analógica visual (EAV). Houve diferença significativa (p<0,001) entre os grupos quanto ao IQSP e ao SF-36. Nenhuma diferença significativa foi encontrada quanto à sonolência diurna excessiva (p=0,347) e quanto à idade (p=0,121), entre os grupos, entretanto, foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os gêneros no grupo com dor (p<0,05). Os achados suportam relação significativa, porém fraca, entre a qualidade de sono, qualidade de vida e a dor persistente por DTM muscular.
Palavras-chave: Sono. Transtornos do sono. Qualidade de vida. Dor crônica. Ver menos