O presente estudo teve como objetivo comparar os conhecimentos adquiridos e a incidência de lesões de cárie nos dentes permanentes de alunos de uma escola pública de Monte Sião após implantação de um programa educativo em saúde (grupo experimental), comparado à outra escola que não recebeu o programa (grupo controle). O instrumento de análise baseou-se em um questionário composto de perguntas relativas à saúde bucal. A incidência de lesões de cárie foi calculada pela subtração dos valores do índice CPO-D ao final do estudo pelo valor no início do estudo. Outras variáveis foram avaliadas no início do estudo para checar se existiam diferenças na composição da amostra nas diferentes escolas. Dos 120 alunos que cursaram a educação infantil na escola que teve durante todo o ano letivo de 2004 o programa educativo, incluído em seu projeto pedagógico educacional, 98 foram entrevistados no ano de 2007. No grupo controle, 96 alunos que tiveram apenas a orientação do cirurgião-dentista que trabalha na própria escola, também foram entrevistados. Com base nos dados encontrados, pode-se afirmar que os resultados do questionário de saúde bucal não apresentaram diferenças estatísticas entre os grupos avaliados. Porém pode-se observar nas questões sobre conhecimentos em saúde bucal, os participantes que não haviam ido ao dentista no último ano apresentaram uma chance superior a três vezes de terem novas lesões quando comparadas às crianças que haviam visitado o dentista duas vezes ou mais nesse período. Não foram observadas diferenças estatísticas entre as duas escolas considerando o aparecimento de novas lesões cariadas no período de três anos. Em conclusão, o programa educativo de promoção de saúde inserido na educação infantil não trouxe grandes benefícios na aquisição de conhecimentos ou na prevenção de lesões de cárie, comparando-se à aplicação de trabalhos educativos realizados pelos próprios cirurgiões dentistas.
Palavras-chave: Conhecimento. Saúde bucal. Incidência de cárie. Ver menos