A forma e as dimensões dos arcos ortodônticos construídos por meio de fios metálicos representam um fator importante durante todas as fases do tratamento proporcionando uma correta finalização e maior estabilidade para os casos. Este trabalho teve como objetivo avaliar os arcos ortodônticos obtidos através dos métodos de Interlandi (1966) e Andrade (1979). Foram comparadas as medidas das curvaturas anteriores e das distâncias intermolares dos arcos inferiores. Selecionou-se 50 documentações ortodônticas iniciais, sendo 27 (54%) provenientes de pacientes do gênero feminino e 23 (46%) do gênero masculino, disponíveis no acervo da clínica de pós-graduação de ortodontia do Centro de Pesquisa São Leopoldo Mandic. Todos os pacientes apresentavam dentadura permanente completa, ausência de problemas transversais, ausência ou leve apinhamento dentário e plano de tratamento sem extrações dentárias. Foram determinados os dois diagramas para cada paciente seguindo a técnica preconizada pelos autores, e em seguida foram determinados os arcos metálicos para verificação das medidas realizadas por examinador previamente calibrado (Kappa = 1,0 e CIC >0,9). Os dados foram tabulados e posteriormente analisados, utilizando-se o teste t pareado e a correlação de Pearson com um nível de significância de 5%. Os achados indicaram que os gêneros não influenciaram nos resultados das curvaturas anteriores e distância intermolares (p>0,05). Com relação aos dois métodos, a avaliação da curvatura anterior é equivalente (p=0,1722), já a avaliação das distâncias intermolares mostrou que a técnica de Interlandi resultou em maiores valores, mostrando-se diferente em comparação com a de Andrade (p=0,0001).
Palavras-chave: Ortodontia. Diagnóstico. Arco dentário. Diagrama ortodôntico.
Ver menos