Entre as opções de tratamentos estéticos, as facetas laminadas destacam-se pela possibilidade de menor desgaste das estruturas dentárias comparadas ás coroas totais. Associadas ao desenvolvimento dos sistemas adesivos e dos agentes cimentantes, as cerâmicas odontológicas tem sido estudadas, objetivando encontrar cimentos que apresentem adesão efetiva e duradoura entre os tecidos dentários duros e a restauração indireta e tratamentos com estabilidade quimicamente. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre os tipos, indicações, vantagens e desvantagens dos cimentos resinosos para laminados cerâmicos a base de dissilicato de lítio. As cerâmicas de dissilicato de lítio são ácidos sensíveis, necessitando do condicionamento da peça por 20 segundos com ácido fluorídrico 8-10%. O uso de silano por 4 minutos deve ser realizado com seguida aplicação do sistema adesivo convencional de 3 passos e o cimento resinoso. Dentre os tipos de cimentos resinosos, baseado no tipo de polimerização, os cimentos duais apresentam maiores valores de resistência mecânica comparado com outros tipos de cimentos. Os quimicamente ativados são os que apresentam maior instabilidade de cor a longo prazo, podendo alterar a cor do laminado cerâmico e influenciar negativamente na estética do sorriso, dependendo da marca e da composição. Apesar do menor grau de variação de cor dos cimentos resinosos fotoativados, o maior grau de conversão é um fator relevante para menor degradação, maior resistência mecânica, adesão ao substrato/ peça. Com isso, laminado cerâmico com maior espessura e com diferentes opacidades pode influenciar negativamente no grau de conversão do cimento resinoso fotoativado. Por essa razão, os cimentos duais são preferidos para cimentação de facetas laminadas, devido a maior resistência mecânica e um maior grau de conversão.
Palavras-chave: Cerâmicas. Agentes de cimentação. Tratamento de superfície.
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