O presente trabalho teve como objetivo verificar, segundo a análise de Bolton, se a discrepância dentária é mais prevalente na Relação Anterior e/ou Total em relação ao gênero e maloclusão, e se existe variação de tamanho de um dente em relação ao seu homólogo com e sem distinção de gênero e maloclusão, em pacientes de uma clínica particular da cidade de Santa Maria/RS. O estudo foi realizado em 94 pares de modelos de gesso, sendo 47 do gênero masculino e 47 do gênero feminino, 46 portadores de Classe I e 48 classe II de Angle, de indivíduos com idades entre 14 e 21 anos, que não realizaram tratamento ortodôntico. Após a mensuração dos diâmetros mésio-distais, por examinadora calibrada (ICC>0,98) os dados foram analisados estatisticamente. A prevalência de discrepâncias dentárias para o gênero feminino foi de 53,2% para a Relação Anterior, 19,2% para a Relação Total e 27,7% para a Relação Anterior e Total, e para o gênero masculino, 46,8% para a Relação Anterior, 10,6% para a Relação Total e 42,6% para a Relação Anterior e Total. Não se observou diferenças significantes dessas prevalências com o dimorfismo sexual (p=0,2442), e nem com as classes I e II (p=0,8629). A Relação Anterior foi significativamente maior que a encontrada por Bolton em ambos os gêneros e classes (p?0,05). Já a Relação Total, não diferiram significativamente da de Bolton em todos os casos (p>0,05). Os dentes homólogos, sem distinção de gênero e classe, 16 e 26; 13 e 23; 12 e 22, 43 e 33; 42 e 32 diferem significativamente entre si (p?0,05). Em relação ao gênero feminino os dentes 14 e 24, 43 e 33 e para o gênero masculino os dentes 16 e 26, 13 e 23, 12 e 22 apresentaram diferenças significativas (p?0,05). Concluiu-se que não houve influência da maloclusão e do gênero para a prevalência de discrepância dentária, e as assimetrias dentárias localizam-se em dentes diferentes quanto ao gênero e classe.
Palavras-chave: Ortodontia. Análise de Bolton. Discrepância.
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