O presente trabalho consiste em uma revisão de literatura, para estudar a relação do terceiro molar com apinhamento ântero-inferior tardio. Considerações sobre o seu desenvolvimento craniofacial, agenesia, impactação, irrupção e remoção profilática foram questionadas, visando verificar qual a influência destes elementos dentários e em quais condições há interferência no apinhamento. Justificativas científicas e clínicas foram investigadas para a resolução deste problema pelo cirurgião-dentista, cirurgião Buco-Maxilo-Facial e Ortodontista. Observou-se que prevalecem três correntes de pensamento em relação à influência do terceiro molar no apinhamento ântero-inferior tardio. Alguns trabalhos concluíram que o terceiro molar é a principal causa do apinhamento tardio. Outras pesquisas atribuíram ao terceiro molar apenas um papel coadjuvante na etiologia deste tipo de apinhamento. Na maioria dos trabalhos pesquisados, os autores não responsabilizaram o terceiro molar como sendo a causa do apinhamento dos incisivos inferiores. São resultados muito contrastantes, o que dificulta uma análise segura e definitiva sobre o tema. O insucesso na neutralização de outros fatores que poderiam influenciar no surgimento do apinhamento tardio para a avaliação isolada do papel do terceiro molar, tem sido a principal razão de toda a controvérsia sobre o assunto. A decisão sobre extração ou manutenção dos terceiros molares no arco dental deve ser embasada em condições periodontais, oclusais, patológicas ou infecciosas e não sobre a influência destes no apinhamento ântero-inferior.
Palavras-chave: Apinhamento ântero-inferior. Terceiro molar inferior. Extração dental. Estabilidade.
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