A interação entre DTM e otalgia continua sendo motivo para especulações e hipóteses. Vários pesquisadores sugerem causas, conseqüências e supostos tratamentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar indivíduos que procuraram atendimento no serviço de otorrinolaringologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão - Unidade Presidente Dutra em São Luís-MA, no período de três meses, para detectar a prevalência de sinais e sintomas de DTM. Para isso, foi aplicado um questionário e o índice anamnésico. Após coleta e interpretação dos dados de 303 indivíduos, os resultados obtidos foram: 61,7% (187 indivíduos) foram considerados como necessitando de tratamento ou avaliação odontológica, dos quais 67,7% (128 indivíduos) pertenciam ao gênero feminino. 9,9% dos indivíduos não apresentaram sintomas de DTM. Outros resultados mostraram que 48,51% dos indivíduos apresentaram dor de cabeça; 52,14% dor no pescoço e ombro; 50,49% dor na região do ouvido e 46,20% ruídos articulares. Diante dos resultados, conclui-se que a prevalência de DTM foi de 61,72%, sendo significativamente maior no gênero feminino (p=0,006); e as prevalências em relação aos índices, foram: DTM ausente de 9,9%; DTM leve de 28,4%; DTM moderada de 36,6% e DTM severa de 25,1%.
Palavras-chave: Disfunção temporomandibular. Dor orofacial. Otalgia. Epidemiologia. Ver menos