O objetivo deste estudo foi analisar os dados contidos em prontuários clínicos, de pacientes que foram sedados com midazolam associado ao citrato de fentanil, administrados por via endovenosa; e avaliar o benefício desta técnica em relação ao conforto dado ao paciente durante cirurgia de Implantodontia, em relação à estabilidade dos sinais vitais desses pacientes evitando situação de emergência médica. Foram avaliados 95 prontuários do arquivo de uma clínica particular de forma aleatória, de cirurgias que foram realizadas entre o período do ano de 2.007 a 2.009. Os dados utilizados neste trabalho foram: Pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PSD); Batimentos cardíacos por minuto (BPM); Saturação parcial do Oxigênio (SpO²), antes e durante a sedação e o tempo cirúrgico. Esses dados foram cruzados com as variáveis: Pacientes ASA I (48,4 %), ASAII (51,6 %), gênero feminino (60) e masculino (35), e os anestésicos local utilizados, Articaína 4% e Mepivacaína 2%, ambas com epinefrina na diluição 1:100.000. A comparação entre os períodos em função das variáveis foi feita pelo teste de Kruskal-Wallis e a comparação entre as variáveis (anestésicos ou ASA) foi feita pelo teste de Mann-Whitney. A distribuição do gênero e perfil ASA não interferiu no resultado (p=0,8490). A análise da distribuição entre os perfis ASA e anestésicos não mostrou diferenças significantes (p=0,1313) indicando a homogeneidade entre os grupos. A distribuição do tempo despendido para os procedimentos em função dos anestésicos na classificação ASA, não demonstrou diferenças estatisticamente significantes nem para ASA (p=0,0704) bem como para os anestésicos (p=0,6279). Quanto às variáveis PAS, PAD, FC, SpO² em relação aos anestésicos e ao perfila ASA, pode-se afirmar: A PAS em relação ao tempo de procedimento não houve diferenças estatisticamente significantes com o uso de Articaína para ASA I (p=0,0592), mas para ASA II a PAS se mantiveram abaixo do valor basal e foi significante até 90 minutos (P<0,05). A PAD se manteve estável durante todo o período para ambos os anestésicos, Articaína (p=0,9179) e Mepivacaína (p=0,0981), não havendo diferenças significantes entre os dois anestésicos (p>0,05), mostrando que não houve influência dos anestésicos locais utilizados em relação aos valores de PA ao longo do período estudado. A frequência dos batimentos cardíacos em relação ao tempo do procedimento no grupo da Articaína levou à diminuição dos batimentos (p<0,05) em relação ao valor basal até 120 minutos, mas após esse período não houve mais diferença significante. A Mepivacaína não demonstrou diferença significante (p=0,404) ao longo do tempo. A Articaína produziu menores valores de FC do que a Mepivacaína entre o período de 50 a 130 minutos. A pressão parcial de oxigênio mostrou que tanto a Articaína (p=0,4227) como a Mepivacaína (p=0,3401) não influenciaram significativamente nos níveis de SpO². Como ficou demonstrado pela análise estatísticas dos dados, os sinais vitais se mantiveram estáveis, não saindo dos padrões fisiológicos biologicamente aceitos, o que vem a confirmar que a sedação endovenosa é uma técnica que pode ser utilizada para procedimentos odontológicos mais invasivos em pacientes ASA I e ASA II.
Palavras-chave: Sedação endovenosa. Implantodontia. Midazolam.
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