Esse trabalho in vitro avaliou a influência de três diferentes superfícies de discos de titânio quanto à aderência e viabilidade da bactéria S. aureus, ATCC 25923, S. aureus amoxicilina resistente e S. aureus meticilina resistente, essas duas últimas obtidas de isolado clínico. O estudo utilizou 90 discos de titânio de 10 mm de diâmetro por 01 milímetro de espessura. As amostras foram divididas em três grupos de acordo com sua superfície: DL - disco liso, DAA - disco com duplo ataque ácido e TAA - discos com triplo ataque ácido de ácido fluorídrico misturado com o ácido clorídrico. O meio de cultura utilizado foi o BHI (Brain Heart Infusion) e os resultados foram obtidos através da contagem das Unidades Formadoras de Colônias (UFC) e absorbância em espectrofotômetro. O resultado da contagem das UFC mostrou que não houve diferença significativa na aderência do S. aureus, dos diferentes grupos estudados, sobre as superfícies de titânio estudadas. O fator "tratamento" das superfícies dos discos de titânio não foi significativo assim como também não foi a interação tratamento × bactéria. O fator "bactéria", quando analisado de forma geral, ou seja, desconsiderando-se o fator tratamento, foi significativo mostrando que S. aureus amoxicilina resistente apresentou uma contagem de UFC significativamente maior que S. aureus meticilina resistente. Na espectrofotometria, observou-se que, para o meio BHI, o fator "tratamento" foi significativo, assim como o fator "bactéria". A interação entre os fatores tratamento x bactéria não foi significativa. De forma semelhante, para a solução salina, o fator "tratamento" também foi significativo, assim como o fator "bactéria", enquanto a interação entre os fatores, novamente, não foi significativa. S. aureus ATCC 25923 apresentou absorbância significativamente mais alta que as demais bactérias nos discos DL. Na comparação entre os microrganismos, independentemente do tratamento da superfície de titânio, o S. aureus apresentou absorbância significativamente mais alta que S. aureus amoxicilina resistente e S. aureus meticilina resistente. O S. aureus meticilina resistente apresentou absorbância significativamente mais alta que S. aureus amoxicilina resistente. Pode-se concluir que o tratamento de superfície dos discos interferiu prejudicando a viabilidade bacteriana, porém não interferiu na aderência das bactérias estudadas.
Palavras-chave: Staphylococcus aureus. Superfícies de implantes dentários. Tratamento ácido.
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