A adaptação entre os componentes dos implantes é tida como fator primordial para o sucesso a longo prazo em reabilitações restauradoras. Uma área que merece destaque é a que se estabelece entre a plataforma do implante e o intermediário protético, um desajuste nesta pode acarretar um infiltrado inflamatório na região periimplantar, proveniente da proliferação bacteriana localizada, podendo desencadear uma resposta biológica que culmina com reabsorção óssea ao redor do implante. Um fator decisivo para a adaptação passiva entre a plataforma dos implantes e os componentes protéticos é sua fabricação. Inserido neste contexto e considerando que o prognóstico dos implantes osseointegráveis, após alguns anos, pode ser prejudicado por uma pobre adaptação entre o implante e o pilar de conexão, o objetivo deste trabalho foi avaliar microscopicamente a interface do implante de hexágono externo do tipo Master Screw® com o intermediário tipo UCLA™ de titânio da empresa Conexão®. Cinco grupos (de lotes diferentes), com quatro implantes do mesmo lote em cada, foram montados com componentes provenientes de lotes aleatórios. Tornou-se a medida em seis pontos da adaptação vertical de cada montagem (vinte implantes com vinte componentes) ao microscópio de luz (microdurômetro HSV-100) depois de aparafusados com torque de 30 N, como sugeriu o fabricante. A fenda formada foi mensurada proporcionando um parâmetro de avaliação da qualidade desses produtos. A média dos resultados de desadaptação foi de 6,86 µm. A estatística foi realizada pela análise multivariada (ANOVA). Concluiu-se que o fabricante teve um controle de qualidade satisfatório para o mercado com esse tipo de montagem quando comparada com um padrão aceitável de até 10 µm.
Palavras-chave: Implante. Componente protético. Adaptação. Interface.

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