A ancoragem dos segmentos posteriores é um importante requisito nos tratamentos ortodônticos, pois para que se consiga realizar o movimento ortodôntico desejado é necessário neutralizar as forças de reação indesejáveis. Aos dispositivos utilizados para este fim, denominamos preparo de ancoragem. O objetivo deste estudo foi avaliar, cefalometricamente, a efetividade da ancoragem cortical sobre o molar inferior, preconizada pela Terapia Bioprogressiva, com a utilização do arco utilidade com ativações para ancoragem máxima. A amostra foi de 40 telerradiografias cefalométricas, antes e após o tratamento de 20 pacientes adultos, com idade média de início de tratamento de 21 anos e 9 meses, com grande apinhamento anterior, nos quais o plano de tratamento considerava necessária extração dos quatro primeiros pré-molares e ancoragem máxima na fase de retração dos dentes anteriores. Os pacientes foram tratados utilizando a Técnica Bioprogressiva, utilizando o arco utilidade com suas ativações específicas para ancoragem máxima. As radiografias foram estudadas com a realização do traçado cefalométrico de Ricketts e a grandeza linear utilizada foi a medida 6.Ptv, que mede a distância da linha Ptv ao primeiro molar inferior, servindo para avaliar a mesialização do molar inferior (perda de ancoragem). Após análise estatística, observou-se que: o arco utilidade permitiu mesialização do molar inferior no valor de 2,21 mm. Portanto, o arco utilidade pode ser utilizado com sucesso em tratamentos com quatro extrações onde se deseja ancoragem máxima.
Palavras-chave: Ancoragem. Arco Utilidade. Ortodontia.
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