O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a microdureza do esmalte e da dentina humanos hígidos submetidos a tratamento com peróxido de carbamida a 10% associado a diferentes agentes espessantes. Dois diferentes produtos comerciais contendo peróxido de carbamida a 10% e solução de peróxido de carbamida a 10% associado a diferentes agentes espessantes foram avaliados. Os agentes foram aplicados sobre fragmentos de esmalte e dentina por um período de oito horas diárias e durante as restantes 16 horas os espécimes foram armazenados em solução de saliva artificial, por um total de 42 dias. Os testes de microdureza foram realizados no início do tratamento (valores baseline) e após 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias de tratamento, bem como sete e quatorze dias após o final do tratamento. ANOVA mostrou diferença significativa entre os agentes de tratamento (p<0,0001) e entre os tempos de estudo (p<0,0001). O Teste de Tukey (0,05) não mostrou diferenças significantes para esmalte e dentina entre os agentes de tratamento e o baseline. Esmalte e dentina que receberam aplicações de peróxido de carbamida a 10% associado a carbopol apresentaram valores de microdureza estatisticamente menores durante a fase de tratamento e mesmo após o final do tratamento. Apenas em esmalte, que recebeu aplicação de peróxido de carbamida a 10% associado a carboximetilcelulose, mostrou valores significativamente semelhantes após o final da fase de tratamento em relação àqueles obtidos nos valores baseline. O uso de agentes clareadores contendo peróxido de carbamida a 10% associados a carboximetilcelulose como agente espessante pode evitar a perda de conteúdo mineral do esmalte, embora este efeito não tenha sido observado em dentina. Outros agentes espessantes associados a peróxido de carbamida avaliados mostraram efeitos semelhantes aos encontrados com agentes clareadores comerciais e não preveniram a perda de conteúdo mineral do esmalte e da dentina.
Palavras-chave: Peróxido de carbamida. Microdureza. Agentes espessantes. Esmalte. Dentina.
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