As anomalias de desenvolvimento dos dentes são na sua maioria assintomáticas, portanto, somente diagnosticadas por meio de radiografias. Dentre estas anomalias, podemos citar as de número, mais especificamente, as agenesias, que são as que mais acometem o ser humano. As agenesias podem gerar desde problemas estéticos até uma oclusão traumática pela extrusão dos dentes antagonistas e também danos ao periodonto pela impacção de alimentos. A proposta deste estudo foi verificar a prevalência de agenesias em uma clínica de radiologia, na cidade de Francisco Beltrão-PR, avaliando o grau de prevalência das agenesias, em imagens digitalizadas de radiografias panorâmicas e seus respectivos laudos; a frequência dos dentes mais afetados e a diferença entre os gêneros. No momento da coleta de dados, foi feito o levantamento de todo o acervo da clínica, num total de 3547 radiografias. Destas, foram selecionados 577 pertencentes a crianças com idades entre 6 a 12 anos, de ambos os gêneros, sendo 247 do gênero masculino e 330 do gênero feminino, independentes da etnia. Eles usaram o serviço de radiologia pelos mais variados motivos. Foi excluída deste estudo a agenesia de terceiros molares, visto que, estes dentes começam sua calcificação a partir dos 10 anos de idade. A radiografia panorâmica deve fazer parte de todos os exames executados por um cirurgião dentista, independente da especialidade e do fim a que se destina, podendo assim detectar anomalias dentais como as agenesias e outras tantas anomalias que podem se tornar de difícil tratamento se não diagnosticadas precocemente e por serem na sua maioria assintomáticas. Após a análise e discussão dos dados pôde-se concluir que, a prevalência de agenesias foi de 8,15%, não havendo diferença significante entre os gêneros; os dentes mais envolvidos foram os segundos premolares inferiores, seguidos dos incisivos laterais superiores.
Palavras-chave: Hipodontia. Agenesia dental. Ausência congênita de dentes. Ver menos