A população brasileira está envelhecendo através de uma mudança gradual nos níveis de natalidade e de mortalidade, com aumento na expectativa de vida. Junto a este envelhecimento observa-se uma elevação das taxas de osteoporose e de doença periodontal, que são doenças crônicas relacionadas ao avanço da idade e com impacto na qualidade de vida, pois levam à fraturas ósseas e perda de dentes, respectivamente. Há indícios de que uma destas doenças pode afetar ou modular a história natural da outra ou vice-versa. A osteoporose é caracterizada pela redução da massa óssea e deterioração da microarquitetura que leva à fragilidade óssea e ao risco de fratura; é causada por vários fatores modificáveis ou não modificáveis que agem silenciosamente dificultando sua detecção precoce. Em mulheres ocorre maior perda óssea nos anos subsequentes à menopausa, época em que ocorre diminuição da produção e da secreção de hormônios ovarianos, principalmente do estrógeno, que tem receptores expressos em células ósseas e imunes, o que levanta a hipótese de que a deficiência de estrógeno pode influenciar a remodelação óssea em sítios com processos inflamatórios, como no caso da doença periodontal. Perda do osso alveolar é uma característica da doença periodontal. Assim, distúrbios no metabolismo ósseo e diminuição da densidade mineral óssea do esqueleto pode ser um fator de risco para doença periodontal. Devido a estes motivos foi feita esta revisão de literatura, e os resultados encontrados foram inconclusivos, pois quase a mesma proporção de autores chegou à conclusões divergentes, isto é, alguns encontraram relação entre osteoporose e doença periodontal, enquanto outros não, sugerindo a necessidade de mais estudos sobre este tópico.
Palavras-chave: Osteoporose. Doença periodontal. Menopausa. Ver menos