O Diabetes mellitus é uma patologia sobre a qual se sabe interferir na prevalência e gravidade da doença periodontal. Desenvolveu-se este estudo para pesquisar a relação inversa: verificar a eficácia da terapia periodontal, associada ou não ao uso de antimicrobianos, no controle das taxas de hemoglobina glicada de pacientes diabéticos não insulino-dependentes. Oitenta pacientes da Policlínica Central de Varginha, Minas Gerais, Brasil, admitidos após aprovação pelo Comitê de Bioética e Pesquisa instituído no CPO São Leopoldo Mandic, foram incluídos na pesquisa. Os indivíduos foram distribuídos em quatro grupos, que receberam previamente procedimentos de higienização profissional e motivação, quais sejam: grupo I - 20 pacientes não diabéticos sem periodontite, tratados com profilaxia dental; grupo II - 20 pacientes diabéticos sem periodontite, tratados com profilaxia dental; grupo III - 20 pacientes diabéticos com periodontite, que receberam tratamento periodontal propriamente dito; e grupo IV - 20 pacientes diabéticos com periodontite da, submetidos ao tratamento periodontal propriamente dito e antibioticoterapia (doxiciclina 100 mg/dia - 15 dias). Foram registrados dados médicos gerais dos pacientes, que passaram por dois exames de hemoglobina glicada, um antes e outro três meses pós-tratamento. Como parâmetros clínicos periodontais foram mensurados: presença de placa, índice gengival, presença de supuração, cor da gengiva, profundidade de sondagem e nível de inserção. Para avaliação estatística foram utilizados os testes de Fisher, ANOVA e Kruskal-Wallis para as variáveis demográficas; e coeficiente de correlação de Pearson e qui-quadrado para as variações de hemoglobina glicada e profundidade de sondagem. As taxas de hemoglobina glicada, embora não estatisticamente significativa (p > 0,05), foram diferentes entre os grupos estudados. Houve redução significativa na profundidade de sondagem final em relação à inicial para os indivíduos do grupo IV. Ver menos