O objetivo deste trabalho foi estudar se a variação da deflexão da base craniana tem relação direta com o eixo facial em pacientes Classe III esquelética em diferentes fases de maturação e desenvolvimento facial. Foi realizado um estudo transversal, observacional, não randomizado. A amostra de conveniência utilizada foi composta de 80 indivíduos divididos em dois grupos. Cada grupo com 40 indivíduos sem tratamento ortodôntico realizado. Grupo Controle, e grupo Classe III, que foram selecionados pela classificação esquelética, Convexidade do ponto A, da cefalometria de Ricketts (1960) e não pela classificação dentária de Angle (1907). Os grupos Controle e Classe III foram divididos em dois subgrupos. Subgrupo 1 fase inicial de desenvolvimento correspondendo aos três primeiros estágios de maturação esquelética vertebrais: iniciação, aceleração e transição e subgrupo 2 fase final de desenvolvimento correspondendo aos três ultimos estágios de maturação esquelética vertebrais: desaceleração, maturação e finalização. Para a análise exploratória dos dados foi realizada análise de variância em esquema fatorial ANOVA (two way). A correlação de Pearson foi utilizada para verificar a associação entre as medidas cefalométricas, deflexão craniana e eixo facial, para cada um dos grupos e seus subgrupos em estudo. Das medidas cefalométricas analisadas nos grupos Controle e Classe III, houve diferença estatística significante na deflexão craniana e não foi encontrada diferença estatística significante no eixo facial. Após a análise de correlação entre as variáveis no estudo, os pacientes do grupo Controle, no subgrupo 2, na fase final de maturação do desenvolvimento facial, encontrou-se uma correlação estatística significativa. Concluiu-se que, quando a deflexão craniana aumenta e o eixo facial diminui como compensação oposta do crescimento, faz com que estes indivíduos apresentem uma face mais harmônica.
Palavras-chave: Classe III. Deflexão craniana. Eixo facial. Ver menos