Seguindo critérios da ISO/FDI e ANSI/ADA, avaliou-se a resposta tecidual ao cimento resinoso AH Plus em sua porção inicial, média, final e usando a mistura total das duas pastas que o compõe, sustentando-se na observação clínica da diferença de consistência, homogeneidade e fluidez deste cimento de acordo com qual parte do tubo se está utilizando. Foram realizados dois implantes subcutâneos na região dorsal em cinco cobaias "guinea pig" para cada porção do cimento testado e mistura total, nos tempos experimentais de 30 e 90 dias. Decorridos estes tempos experimentais, os animais foram submetidos à ortotanásia e os implantes removidos e processados histologicamente, obtendo-se cortes seriados corados com hematoxilina e eosina. Após a avaliação histológica, realizada de maneira qualitativa por um examinador calibrado, com o emprego de microscópio óptico utilizando os aumentos de 20X, 100X, 200X, 400X e 1000X, verificou-se que o cimento testado induziu resposta inflamatória moderada a severa aos trinta dias com expressivo infiltrado inflamatório, regredindo para moderada a suave aos noventa dias, com discreto ou moderado infiltrado inflamatório, não havendo diferença entre as diferentes porções avaliadas. Através desta avaliação foi possível concluir que o cimento estudado não apresentou condições de biocompatibilidade dentro dos parâmetros e condicões experimentais estabelecidas, e que não há diferença biológica quando se usa a porção inicial, média, final ou mistura total das duas pastas, segundo a metodologia utilizada.
Palavras-chave: Cimentos endodônticos. Biocompatibilidade. Implantes subcutâneos.
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