É importante que nós cirurgiões dentistas estejamos atentos para o aparecimento de doenças periodontais que aparecem com frequência em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Segundo os pesquisadores houve uma acelerada mudança dos padrões epidemiológicos que influenciaram as abordagens odontológicas terapêuticas dessa infecção. As manifestações clínicas periodontais têm sido consideradas um importante sinal da progressão da doença pelo vírus HIV e preditivo para o aumento da imunossupressão pelo fato do vírus invadir células de defesa do organismo no caso os linfócitos CD4 e com isso suprimir as respostas imunológicas tornando o indivíduo susceptível a infecções por inúmeros microorganismos. Este trabalho de revisão identificou em alguns artigos científicos as principais manifestações de origem periodontais associadas à infecção por HIV. Apesar de alguns autores acordarem que algumas características clínicas diferem em pouco de outros tipos de gengivites e periodontites. No entanto a PUN é uma doença que afeta cerca de 2% a 6% de pacientes HIV+ caracterizada pela destruição rápida e generalizada do periodonto de inserção e osso alveolar, às vezes expondo a crista alveolar ou septo interdentário, com formação de seqüestros ósseos, com dor severa, sangramento gengival espontâneo e necrose do tecido mole (Andrade, 2006). Portanto, ficou claro que um quadro clínico mais severo e extenso de progressão rápida comparada a de pacientes não infectados pelo HIV. Ficou comprovado que uma higiene oral deficiente contribui também para o desenvolvimento de gengivite e periodontite. É certo que o preconceito diminui na mesma proporção que diminui a ignorância em relação à doença, por isso é necessário que haja programas de esclarecimentos aos cirurgiões dentistas propiciando um atendimento sem medo aos portadores de HIV.
Palavras-chave: HIV. Periodontites. Doença periodontal. Eritema linear gengival. Ver menos